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SescTV exibe Festival Internacional de Cinema Indígena

Até 30 de abril, canal dá visibilidade a conteúdos audiovisuais produzidos pelos povos originários

Published 07/04/2022
cinema indígena

Cine Kurumin - Kaapora. Foto: Samuel Wanderley

A programação do SescTV recebe o Abril Indígena com conteúdo especial até o dia 30 de abril. Realizado desde 2019, o Abril Indígena foi idealizado pela área “Povos Indígenas”, do Programa Diversidade Cultural do Sesc SP, que tem por objetivo valorizar e difundir a diversidade cultural desses povos no Brasil, especialmente por meio de atividades que suscitam espaços de protagonismo para indígenas.

“Essa ação em rede pretende colaborar para a desconstrução da ideia estereotipada do indígena selvagem e isolado, que vive em terras distantes incrustadas nas florestas, revelando a atualidade e a dimensão local de suas existências, resistências, demandas, saberes e fazeres”, explica Tatiana Amaral, assistente da Gerência de Estudos e Programas Sociais do Sesc São Paulo.

Entre os dias 9 e 23 de abril serão exibidos os filmes que integram o Cine-Kurumin, que conta com 8 obras entre curtas e longas-metragens. Com curadoria da antropóloga Thais Britto, o festival tem como objetivo principal apoiar processos criativos dos povos originários e promover a circulação das produções audiovisuais realizadas e produzidas por diretores e diretoras indígenas.

Cena do Filme A Última Floresta” outra produção que merece ser conferida. Foto: Pedro J. Márquez

A animação Mitos Indígenas em Travessia abre a programação no dia 9, às 22h. O curta aborda seis histórias indígenas dos tempos antigos das etnias Kuikuro (Aldeia Afukuri, Terra Índígena Parque do Xingu, MG), Javaé (Aldeia São João, Terra Indígena Parque do Araguaia, Ilha do Bananal, TO) e Kadiwéu (Aldeia São João, Terra Indígena Kadiwéu, MG do Sul). Na sequência, será exibido o filme As Hiper Mulheres, que apresenta o Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu (MT), em um momento de dor na comunidade.

No dia 16, o primeiro curta é Kaapora, o Chamado das Matas, em que a própria Kaapora e outros personagens espirituais conduzem a narrativa sobre a ligação dos Povos Indígenas com a Terra e sua Espiritualidade. Em seguida, às 22h20, o documentário A Gente Luta mas Come Fruta expõe o manejo agroflorestal realizado pelos Ashaninka da aldeia APIWTXA no rio Amônia, localizado no estado do Acre. Nguné Elü, O dia em Que a Lua Menstruou finaliza a programação deste dia, mostrando os acontecimentos na Aldeia Kuikuro, no Alto Xingu, durante um eclipse.

O curta Agahü: o Sal do Xingu, queretrataa importância do salcomo uma ligação com o sagrado para a cosmologia dos povos do Xingu, abre o terceiro e último dia do Cine-Kurumin, 23 de abril, às 22h . Na sequência, é exibido o documentário Pi’õnhitsi – Mulheres Xavante sem Nome sobre as dificuldades da realização do ritual de iniciação feminino na comunidade Xavante. Encerrando o festival, às 23h, Má É Dami-Xina – Já me Transformei em Imagem narra história de perda e renovação do povo Hunikui, através das experiências compartilhadas pelos membros da comunidade.

A série Amazônia, Arqueologia da Floresta – última atração do Abril Indígena – estreia no canal no dia 30 de abril. Com direção de Tatiana Toffoli e condução do arqueólogo Eduardo Góes Neves, a série dividida em 4 episódios acompanha as pesquisas realizadas no sítio arqueológico Monte Castelo, em Rondônia. Em parceria com os moradores da aldeia Palhau, da etnia Tupari, as escavações encontraram vestígios preservados por milênios entre camadas de conchas e terra. São restos de fauna, sementes de plantas, cerâmicas e ossos humanos, indícios de como viviam os povos da Amazônia há 4.000 anos. 

Para assistir à programação do SescTV, clique AQUI.

ABRIL INDÍGENA no SescTV – Sábados, 22h

Cacique Fernando | Crédito Rafael Veríssim

Cine Kurumin – Festival Internacional de Cinema Indígena – A partir de 9 de abril de 2022

Mitos Indígenas em Travessia

As Hiper Mulheres

Kaapora, o Chamado das Matas

A Gente Luta mas Come Fruta

Nguné Elü, O Dia em que a Lua Menstruou  

Agahü: o Sal do Xingu 

Pi’õnhitsi – Mulheres Xavante sem Nome

Má É Dami-Xina – Já me Transformei em Imagem

Série – Amazônia, Arqueologia da Floresta 

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