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Série retrata as transformações da Amazônia ao longo de 6 mil anos

A obra “Amazônia, Arqueologia da Floresta” revela como povos indígenas ajudaram a moldar a floresta Amazônica.

Published 02/05/2022
série amazônia Arqueologia da Floresta

Fotos: Divulgação

A série Amazônia, Arqueologia da Floresta, dirigida por Tatiana Toffoli, estreou para todo o Brasil no SescTV, no último sábado, 30 de abril. A obra brasileira é dirigida por Tatiana Toffoli e produzida pela Elástica Filmes.

Dividida em quatro episódios, a série acompanha as pesquisas realizadas no sítio arqueológico Monte Castelo, em Rondônia, conduzida pelo arqueólogo Eduardo Góes Neves. As escavações foram feitas em parceria com os moradores da aldeia Palhal, da etnia Tupari, e mostra como a Amazônia foi transformada pelos povos indígenas ao longo de 6 mil anos, trazendo uma reflexão sobre como a presença humana ajudou a moldar a floresta Amazônica, tendo sido ocupada e transformada pelos povos que a habitam há milhares de anos.

Eduardo Góes Neves olha a escavação

Natural de Porto Alegre (RS), a premiada diretora Tatiana Toffoli dirigiu e montou Juruá, que integra o longa-metragem Pessoas Contar Para Viver (43ª Mostra); Baré, Povo Do Rio (Melhor Realização Artística do TELAS); Louceiras (Menção Honrosa no 14ºFICA); Chapa (Prêmio no Con-can Movie Festival Japão).

Além de diretora, Tatiana também é roteirista e montadora de séries e documentários com foco em cultura, sociedade, saúde e ciências. Em 2006, fundou a Elástica Filmes com sua irmã gêmea, a também premiada diretora Dainara Toffoli. Junto com a Muiraquitã Filmes, assina a produção do longa Mar de Dentro, que está em cartaz nos cinemas.

Eduardo, Gustavo e Tatiana olham imagem na câmera
Caminhando na trilha

Amazônia, Arqueologia da Floresta

A série brasileira é dividida em quatro episódios, sendo eles:

Episódio 1 – A Terra dos Povos

Monte Castelo é um sambaqui fluvial, uma ilha artificial, que foi construído e ocupado há pelo menos 6 mil anos. Localizado na bacia do rio Guaporé, em Rondônia, esse sítio foi escavado pela primeira vez pelo arqueólogo Eurico Miller na década de 80. Trinta anos mais tarde, foi relocalizado por uma equipe de arqueólogos e as escavações foram retomadas, dando início a uma nova etapa de descobertas surpreendentes.

Episódio 2 – Conchas e Ossos

Há 4 mil anos o clima da região mudou e novas camadas de conchas e terra foram adicionadas ao sítio. A equipe encontra muitos vestígios de um cemitério datado dessa época. Adornos e uma galhada de veado são encontrados junto aos ossos humanos. Os arqueólogos acompanharam os Tupari até a antiga aldeia do Laranjal, local em que viviam e do qual tiveram que sair por causa da criação da Reserva Biológica do Guaporé, em 1983.

Episódio 3 – O Tabaco e a Cerveja

O sudoeste da Amazônia é uma região de grande diversidade natural e talvez por essa razão foi também um importante centro de domesticação de plantas. Os vestígios desse processo de domesticação e cultivo de plantas são encontrados nos sítios arqueológicos da região.

Quando os Tupari abriram a aldeia Palhal, que está localizada sobre um sítio arqueológico, a mandioca dos antigos, usada para fazer chicha, brotou no solo. Muitas espécies aparecem espontaneamente na roça. O milho, por exemplo, cultivado há 6 mil anos, até hoje é plantado pelos Tupari numa demonstração de que o passado e o presente estão profundamente conectados na região.

Episódio 4 – Cemitério Bacabal

Neste episódio, novos sepultamentos são encontrados. A composição química das conchas que formam o sambaqui Monte Castelo ajudou a preservação de ossos e sementes. Através desses vestígios é possível saber o que os antigos comiam e bebiam. Os ossos e os dentes humanos, as amostras de solo, as cerâmicas e objetos de pedra nos ajudam a contar a história de ocupação dessa região.

Sambaqui visto do Rio
Cacique Fernando (Seu Farias) com foto de Waitô e Franz Caspar, etnólogo suíço
Marlene Tupari

Direção:Tatiana Toffoli

Produção: Elástica Filmes 

Realização: SescTV

Classificação Indicativa: Livre. 

Reapresentações: domingo, 1/5, 14h30; segunda, 2/5, 10h; terça, 3/5, 16h; quinta, 5/5, 14h30 e sexta, 6/5, 19h30. Disponível sob demanda no site a partir de 30/4. 

Veja como sintonizar o SescTV.

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