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Recuperação econômica da União Europeia inclui incentivos verdes

Proposta para retomada da economia está alinhada com esforços de mitigação e adaptação a mudanças climáticas

Published 02/06/2020
economia verde

No dia 27 de maio, a Comissão Europeia apresentou sua proposta para retomada da economia pós-pandemia. O plano, batizado de “Next Generation EU”, prevê investimentos de € 750 bilhões nos países afetados pela crise econômica resultante da pandemia, com outros € 1,1 trilhão da União Europeia para os próximos sete anos.

O novo plano europeu reserva 25% dos recursos especificamente para iniciativas alinhadas com esforços de mitigação e adaptação à mudança do clima. “O plano de recuperação transforma o imenso desafio que estamos enfrentando hoje em uma oportunidade, não apenas para apoiar a retomada econômica, mas também para investir em nosso futuro: o Green Deal europeu e a digitalização”, disse Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, em discurso no Parlamento Europeu nesta 4ª feira.

Outro ponto importante é que o plano busca canalizar investimentos privados para tecnologias que contribuam com ao menos um dos seis objetivos ambientais da União Europeia – entre eles, ação climática. Os recursos serão aplicados com base em uma “taxonomia financeira sustentável” que terá como critério um “teste de dano” que impedirá investimentos em projetos que causem dano ambiental, como energia nuclear ou combustíveis fósseis.

Taxação sobre o carbono

De acordo com informações do portal ClimaInfo, os € 750 bilhões devem ser captados diretamente nos mercados financeiros, sendo que a maior parte – € 500 bi serão revertidos em subsídios e o restante será utilizado para financiar empréstimos para os governos.

Para cobrir os custos relativos aos juros do levantamento desses recursos no mercado financeiro, a UE deverá criar novas taxas e tarifas.

Entre as novas fontes de receita, podem ser considerados novos impostos sobre produtos carbono intensivos importados, com potencial de arrecadação de até € 14 bilhões por ano. Outra possibilidade é uma reforma no mercado de emissões de carbono da União Europeia, que poderia render mais € 10 bilhões ao orçamento anual do bloco.

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