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Greta Thunberg recebe prêmio e faz doação para a Campanha SOS Amazônia

A sueca recebeu o Prêmio Gulbenkian para a Humanidade – Alterações Climáticas e doou mais de R$ 500 mil para ativistas brasileiros

Published 21/07/2020
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Foto: UNclimatechange

Greta Thunberg doou € 100 mil, o equivalente a mais de R$ 500 mil, para ações de enfrentamento ao Coronavírus no Amazonas, e assim contribuiu fortemente para o combate da pandemia na região amazônica. O recurso é parte do prêmio de € 1 milhão que ela recebeu pelo Prêmio Gulbenkian para a Humanidade, concedido pela Fundação Calouste Gulbenkian, com sede em Portugal.

O prêmio anual é dado a pessoas, grupos de pessoas e/ou organizações de todo o mundo cujas contribuições para a mitigação e adaptação às alterações climáticas se destacam pela originalidade, inovação e impacto.

Doação ao Brasil

Com o recurso, o Fridays for Future Brasil, por meio da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), irá fortalecer ações nas regiões do Alto Rio Negro, Lábrea e Purus e comunidades de Manaus e entorno.

A FAS já recebeu o prêmio Prêmio Gulbenkian para a Humanidade em 2016 em reconhecimento por sua ações de conservação da floresta e desenvolvimento sustentável.

Os recursos doados por Greta vão se somar à campanha SOS Amazônia, do Fridays For Future Brasil, formado por jovens ativistas brasileiros, com o suporte da FAS, criada com o intuito de ajudar comunidades indígenas e populações tradicionais do território amazônico no combate à Covid-19.

Para contribuir, acesse o site da Campanha SOS Amazônia.

Pedido de socorro ao mundo

No mês passado, o movimento Fridays for Future Brasil lançou, durante uma coletiva de imprensa com meios de comunicação do Brasil e do exterior, a campanha #SOSAmazonia, para direcionar recursos para comunidades ribeirinhas e indígenas remotas e vulneráveis com atendimento de saúde precário no estado do Amazonas.

A campanha é uma iniciativa de jovens ativistas brasileiros e internacionais criada com o intuito de ajudar comunidades tradicionais do território amazônico no combate à Covid-19. Por meio de um financiamento coletivo internacional, o objetivo é arrecadar R$ 1 milhão para a compra de itens básicos de higiene e alimentação e investimentos em equipamentos de saúde.

“As autoridades públicas da região emitiram um pedido de socorro ao mundo. Como ativistas da causa socioambiental, não poderíamos ignorar esse pedido. Sabemos que não podemos enfrentar a crise climática sem antes enfrentar a crise do coronavírus. Logo, se não ajudarmos as populações da Floresta Amazônica, estaremos permitindo que ambas a crises se desenvolvam. Nós precisamos escutar os cientistas, os médicos e as pessoas que estão sofrendo”, declararam em nota os ativistas responsáveis pelo movimento.

“Pirralhos” fazendo a diferença

As primeiras doações da campanha SOS Amazônia chegaram em comunidades indígenas do Amazonas no início de julho.

Cestas básicas, máscaras de proteção facial e kits de higiene foram entregues para aproximadamente 150 famílias das aldeias indígenas Gavião, Inhambé, Sahu-Apé e Tururukari, localizadas próximas de Manaus, além do Centro de Medicina Indígena Bahserikowi. Até o final deste mês, as doações serão encaminhadas para mais 620 famílias de 11 comunidades em Manaus e 400 famílias dos municípios de Santa Isabel do Rio Negro, Lábrea e Tapauá.

O objetivo é chegar nas comunidades Yanomami, Paumari, Apurinã, Deni, Jamamadi e Jarawara. Conforme apresentado anteriormente, o projeto está orçamentado em um milhão de reais, dos quais, nos dois primeiros dias de campanha, foram arrecadados mais de 100 mil reais.

Os pirralhos – como já foram chamados por figuras públicas – estão ajudando com cestas básicas alimentares e de materiais de higiene para comunidades em: Aldeia Galvão, Aldeia Inhambé, Aldeia Sahu-Apé e Aldeia Tururukari, além de um centro médico indígena, o Centro de Medicina Indígena Bahserikovi.

Além da compra dos itens necessários para as cestas, também movimentaram dinheiro suficiente para possibilitar a logística de entrega e acompanhamento. O próximo passo está no investimento em telemedicina, por meio da aquisição e instalação de painéis solares, e contato com médicos especializados, para atender essas famílias vulneráveis e sem a devida assistência.

Para mais informações e contribuições, acesse o site da Campanha SOS Amazônia.

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