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Mulheres constroem vila de mini-casas para abrigar mulheres sem-teto

As 16 mini-casas foram construídas por mulheres voluntárias especializadas em serviços como carpintaria, elétrica, encanamento e pintura.

Published 08/03/2022
Mulheres constroem vila de mini-casas para abrigar mulheres sem-teto

Whittier Heights Village | Foto: Low Income Housing Institute

Uma pequena comunidade de mini-casas foi construída em Seattle, nos Estados Unidos, com o objetivo de ajudar mulheres sem-teto a voltarem a ter um abrigo. O que torna o projeto ainda mais especial é o fato da chamada Whittier Heights Village, ter sido construída por mulheres voluntárias.

O local escolhido fica escondido entre um estacionamento de um banco e um complexo de apartamentos de quatro andares no bairro de Ballard. O lote cercado abriga 16 mini-casas (tiny homes, em inglês) capazes de abrigar temporariamente até 20 mulheres por vez.

A vila foi construída em 2018 e faz parte de uma tendência crescente da cidade de Seattle de usar estruturas de até dez metros quadrados para fornecer moradia, segurança e estabilidade para pessoas desabrigadas. Porém, esta foi a primeira construída para servir exclusivamente a um gênero.

“É uma necessidade da comunidade. Há muitas mulheres sem-teto. Algumas delas se sentem mais confortáveis ​​em um ambiente de um único sexo”, disse Sharon Lee, diretora executiva do Low Income Housing Institute, uma incorporadora de moradias populares que administra as pequenas vilas da cidade.

A Whittier Heights Village foi financiada por doações públicas e privadas, e recebe mulheres que são mães ou estão grávidas, idosas, veteranas e casais do mesmo sexo.

De mulheres, para mulheres

A nova comunidade de casas minúsculas não é apenas para mulheres, mas também foi construída predominantemente por mulheres. Foram organizadas festas aos finais de semana que atraíram dezenas de mulheres voluntárias especializadas em serviços como carpintaria, elétrica, encanamento e pintura.

Whittier Heights Village | Foto: Low Income Housing Institute

O condado de King, onde a vila fica localizada, possui cerca de 11.600 pessoas desabrigadas, a tendência das casas pequenas é apenas uma ferramenta entre muitas para ajudar gradualmente as pessoas a retornarem a moradias permanentes. “A ideia é colocar as pessoas em um ambiente seguro, para que não vivam mais em uma barraca ou em um saco de dormir na rua”, disse Lee ao site Crosscut.

Os moradores das pequenas vilas as usam mais como uma solução temporária. Eles têm um lugar seguro para viver enquanto trabalham com um assistente social ou gerente de caso no local para receber os serviços necessários e, eventualmente, se mudar para moradia permanente ou de longo prazo.

Como são as mini-casas?

As pequenas casas foram construídas pelo Low Income Housing Institute (Instituto de Habitação de Baixa Renda, em português) para atender a população sem-teto da cidade de Seattle. Essas estruturas medem por volta de 2,5 x 3,5 metros e têm espaço suficiente para uma cama e algum armazenamento para abrigar uma pequena família de duas ou três pessoas.

O custo para construção de cada abrigo é de US $2.500 e são pagos por meio de doações públicas e privadas. Cada casa possui isolamento térmico, eletricidade e uma porta com chave. As áreas comuns oferecem uma cozinha completa e banheiro, que são compartilhados entre os moradores da vila. 

As vilas para pessoas sem-teto são seguras e possuem portaria e pré-requisitos para a entrada de hóspedes. Os moradores se revezam nas tarefas, como coleta de lixo e serviço de cozinha.

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