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Precisamos falar sobre trabalho infantil, consumo e sociedade

Por trás de tudo aquilo que consumimos subjaz uma longa cadeia produtiva que envolve milhares de seres humanos, legislações trabalhistas, ambientais e sociais que devem ser cumpridas.

A despeito dos programas voltados à erradicação do trabalho infantil, pesquisa divulgada pela OIT – Organização Internacional do Trabalho, constata que ainda há 168 milhões de crianças trabalhando no mundo, sendo que 85 milhões atuam nas piores formas, muitas vezes em condições sub-humanas. Talvez  esses números não revelem o tamanho real desta ferida social, pois há muita coisa difícil de ser monitorada, fiscalizada  e quantificada mundo afora.

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No Brasil a mão de obra infantil está estimada em 2,6 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos, segundo dados  da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) , do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essas crianças podem ser encontradas em serviços domésticos, na agricultura, nos lixões, em carvoarias e madeireiras.

Muitas vezes a questão do trabalho infantil parece algo distante de nós, mas basta circular pela cidade para constatar a presença de crianças trabalhando em feiras livres, tomando conta de carros, lavando para-brisas nos semáforos, vendendo flores, panos de prato.

Mas o que temos a ver com isso?

Parecemos ignorar que, por trás de tudo aquilo que consumimos, desde o alimento que colocamos na mesa, passando pelas roupas e sapatos que usamos, até os celulares que seguramos nas mãos, subjaz uma longa cadeia produtiva que envolve milhares de seres humanos, legislações trabalhistas, ambientais e sociais que devem ser cumpridas, hábitos de consumo da sociedade, entre outros fatores que se interligam.

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Desta forma não podemos nos eximir da responsabilidade sobre esta triste realidade. Não podemos achar que essa questão não nos diz respeito e que não é um assunto que nos envolve pessoalmente. A falta de empatia nos torna cúmplices e perpetuadores desse câncer social.

Como consumidores devemos questionar a procedência dos produtos adquiridos por nós, procurar conhecer em que condições são produzidas as coisas que compramos. Quem faz as roupas que usamos? Onde essas roupas são produzidas e em quais circunstâncias? E os alimentos que comemos, e os objetos que compramos?

Apresentamos os bastidores da indústria têxtil, do chocolate e a tecnológica que revelam um ambiente hostil e inóspito para a infância. Acesse AQUI.

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Somos responsáveis pela cobrança de uma cadeia produtiva ética, que promova o desenvolvimento e bem estar social, de uma cadeia livre de trabalho infantil, trabalho escravo e tráfico humano.

Pense nisto na sua próxima compra.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil