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Megatrilha vai conectar Rio Grande do Sul ao Rio de Janeiro pela Mata Atlântica

A trilha percorre 3 mil km e passa por cinco estados brasileiros, com mais de 70 áreas protegidas. Ela será chamada de Caminho da Mata Atlântica.

No Brasil, não são tão comuns trilhas deste tipo, apesar de existirem.

Com a proposta de conectar trilhas, caminhos e travessias, muitas já existentes, o Caminho da Mata Atlântica está nascendo entre o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro.

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A megatrilha – que vai ter 3 mil km de extensão – está atualmente sendo construindo sob a liderança do WWF-Brasil. A organização ambiental tem o apoio do ICMBio, CBME, Abeta, Federações de Montanhistas Regionais, órgãos estaduais e grupos locais. E, claro, o trabalho de uma série de voluntários, que estão fazendo a ideia sair do papel.

“A ideia do Caminho é muito antiga, vem desde 2012, criando cada vez mais forma e força para se tornar uma referência de trilha de longo percurso no Brasil”, comenta Anna Carolina Lobo, coordenadora do Programa Mata Atlântica e Marinho.

Trilha de longo percurso

No Brasil, não são tão comuns trilhas deste tipo, apesar de existirem. A grande inspiração para o Caminho da Mata Atlântica é a Appalachian Trail, trilha norte-americana que segue o litoral leste dos EUA e liga mais de 90% das unidades de conservação do país.

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“Conectando áreas protegidas por meio de trilhas e fazendo com que as pessoas entrem mais em contato com esses espaços, estamos atuando de quatro formas diferentes: valorizamos a natureza, melhoramos a saúde das pessoas, valorizamos a história e cultura regionais e fomentamos a economia local”, diz Anna Carolina.

Assim, o projeto busca aprimorar o sistema de trilhas nacional e melhorar as opções de lazer ao ar livre, aproximando as pessoas da Mata Atlântica e promovendo a importância das áreas protegidas para a economia, o lazer e a saúde.

Caminho da Mata Atlântica

O traçado macro do Caminho vem sendo construído por toda a cadeia montanhosa da Serra do Mar, do Parque Nacional dos Aparados da Serra (RS) ao Parque Estadual do Desengano (RJ), englobando uma série de locais de grande potencial turístico e de conservação da natureza.

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A região da Mata Atlântica foi escolhida como cenário da trilha não apenas pela sua beleza exuberante, mas também por sua importância ecológica. São 20 mil árvores e arbustos típicos do bioma, mais de mil espécies de aves, 340 anfíbios e 270 espécies de mamíferos.

É considerada um dos 5 principais hotspots de biodiversidade e reconhecida como reserva da biosfera pela UNESCO e patrimônio nacional pela Constituição brasileira.”Apesar de tantos números impactantes, um preocupa demais a gente: existe apenas 8,5% da cobertura original da Mata Atlântica hoje. Ou seja, precisamos protege-la de forma urgente!”, alerta Anna Carolina.

Assim, a implementação de um caminho na Mata Atlântica que integra trilhas já existentes e implanta outras novas promove a ampliação da escala de conservação através de conexões entre as áreas protegidas, formando um corredor ecológico que beneficia a biodiversidade e a conservação.

Quem quiser fazer parte deste movimento e se voluntariar, pode entrar em contato pelo próprio site do Caminho.