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Pesquisador norte-americano pede que pais devolvam infância às crianças

Crianças que brincam mais acabam desenvolvendo diversas habilidades que vão além do conhecimento científico.

Crianças que brincam mais, acabam desenvolvendo diversas habilidades que vão além do conhecimento científico. Este é o pensamento do pesquisador norte-americano Peter Gray. Para ele, “a maioria dos problemas da vida não podem ser resolvidos com fórmulas ou respostas decoradas do tipo que aprendeu na escola. Eles exigem o julgamento, sabedoria e capacidade criativa que vêm de experiências de vida. Para as crianças, essas experiências são incorporadas nas brincadeiras”.

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Em um artigo publicado no jornal britânico The Independent, o cientista explica que é necessário deixar as crianças serem crianças. Para ele, uma das formas de se fazer isso é deixando-as mais livres para brincar. O texto foi escrito em resposta a uma proposta inglesa de aumentar a quantidade de dias letivos anuais, ao mesmo tempo em que os feriados e férias se tornariam mais curtos. A esperança é de que essas mudanças coloquem os britânicos em níveis acadêmicos semelhantes aos da China e outros países do leste asiático.

Gray explica que o modelo chinês tem sido cada vez mais reconhecido pelos próprios educadores como um fracasso. Os bons resultados obtidos nos testes não significam sucesso em outras áreas. Para Gray, gastar o tempo todo estudando impede que as crianças desenvolvam a criatividade, habilidades físicas e sociais e também impede que elas descubram suas próprias paixões e interesses.

O norte-americano explica que a redução no tempo livre para as crianças brincarem tem resultado em um aumento dramático na incidência de transtornos mentais na infância. “Questionários de avaliação clínica, administrados em grupos normativos na forma inalterada ao longo dos anos, mostram que as taxas de depressão e ansiedade clinicamente significativa em estudantes nos EUA são agora de cinco a oito vezes maiores do que eram na década de 1950”, explica o pesquisador.

A solução para este problema, segundo o norte-americano, é devolver a infância às crianças. “As crianças devem ser autorizadas a seguirem seus instintos para brincarem e explorarem, de forma que possam crescer intelectualmente, socialmente, emocionalmente e fisicamente fortes”, finaliza o cientista.        

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Redação CicloVivo