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8 plantas tóxicas para animais mais comuns em São Paulo

Estudantes da medicina veterinária realizaram uma pesquisa para saber quais as plantas mais causam toxicidade.

delicate white flowers callas wedding bouquet

Plantas ornamentais, decorativas, que embelezam o ambiente. Apesar de agradáveis, nem todas as plantas são “amigas” dos animais e quem gosta de cultivá-las em casa é preciso se atentar para não expor os bichinhos ao perigo de ingerir substâncias tóxicas. Os casos de intoxicação mais comuns relacionando os dois agentes foram listados por alunos da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP.

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“Na tabulação dos dados, a campeã absoluta de ingestão por cães e gatos foi a Dieffenbachia sp, a popular comigo-ninguém-pode. Muito comum nas residências, ela é conhecida pela beleza de suas folhas, facilidade de cultivo, pois são bastante tolerantes à sombra e baixa umidade do ar. A toxicidade desta planta ainda não está totalmente clara, mas acredita-se que grande parte dos sintomas é causada pelo oxalato de cálcio”, afirma a faculdade em nota.

Os estudantes realizaram uma pesquisa com médicos veterinários de clínicas da cidade de São Paulo para saber quais as plantas mais causam toxicidade. Além do nome popular e científico, a lista resume alguns dos sintomas causados pelas substâncias tóxicas, confira abaixo:

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| Foto: iStock by Getty Images

– Antúrio (Anthurium spp): Todas as partes da planta possuem ocalato de cálcio, princípio ativo que oferece riscos à saúde. Os principais sintomas são queimação de mucosas, inchaço da boca, lábios e garganta, edema de glote, asfixia, náuseas, salivação, vômitos, diarreia.

| Foto: Tato Grasso/CC BY-SA 2.5
| Foto: Tato Grasso/CC BY-SA 2.5

Avenca (Adiantum capillus-veneris): Não é nativa do Brasil, mas é cultivada principalmente como planta medicinal. A ingestão de seus brotos pode causar câncer.

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beautiful view of a group of colorful flowers in spring
| Foto: iStock by Getty Images

Azaleia (Azalea sp): Considerada símbolo da cidade de São Paulo, portanto encontrada facilmente. Seu princípio ativo é a andromedotixina, um glicosídeo cardiotóxico, cuja ingestão pode causar distúrbios digestivos até seis horas após a ingestão e alterações do débito cardíaco, diminuindo a condutividade elétrica.

Closeup of red poinsettia flowers
| Foto: iStock by Getty Images

Bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima): Possui o princípio ativo Latex irritante, que tem um aspecto leitoso, e é composto por ésteres de diterpeno. O contato com essa substância causa lesões cutâneas e conjuntivite. A ingestão causa náuseas, vômitos e gastro-enterite.

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| Foto: iStock by Getty Images

Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia sp): Devido a beleza de suas folhagens e pela crença popular de que a planta traz proteção ao lar é facilmente encontrada. Seus mecanismo de toxicidade são múltiplos e incluem as ráfides de oxalato de cálcio e outras substâncias proteicas e não-protéicas, que irritam as mucosas. A intoxição pode ocorrer por ingestão de qualquer parte da planta, contato ocular e dermal, com sintomas que variam desde edema, irritação da mucosa até mesmo asfixia e morte, sempre causando dor intensa.

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Calla lilies in wedding arrangement
| Foto: iStock by Getty Images

Copo de Leite (Zantedeschia aethiopica): Possui oxalato de cálcio e saponinas. O mecanismo de toxicidade é semelhante à comigo ninguém pode, causando irritação das mucosas, dor severa e edema de glote.

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Coroa de Cristo (Euphorbia milii): Apresenta como substância tóxica o Látex irritante, composto de flavonoides e triterpenos. Causa reação inflamatória, causando inchaço, dor vermelhidão e inchaço tecidual.

Sansevieria (mother-in-law's tongue) Background
| Foto: iStock by Getty Images

Espada-de-São-Jorge (Sansevieria trifasciata): Planta ornamental, muito utilizada pois há crença popular de que a planta traz prosperidade. Contém glicosídeos pregnânicos e saponinas esteroidais. Causa dificuldade de movimentação e de respiração devido a irritação de mucosa e salivação intensa.

Além dessas, muitas outras aparentemente inofensivas plantas podem fazer aos bichos. A lista completa do estudo está disponível aqui.

Redação CicloVivo