- Publicidade -

WWF lança relatório que avalia a saúde do planeta Terra

A rede ambiental WWF divulgou, na última terça-feira (15), a edição 2012 do Relatório Planeta Vivo. A pesquisa é feita bienalmente, com a proposta de avaliar a saúde do planeta, considerando a biodiversidade e a pegada ecológica de cada nação.

A rede ambiental WWF divulgou, na última terça-feira (15), a edição 2012 do Relatório Planeta Vivo. A pesquisa é feita bienalmente, com a proposta de avaliar a saúde do planeta, considerando a biodiversidade e a pegada ecológica de cada nação.

- Publicidade -

O estudo avaliou nove mil populações de 2.600 espécies, para que fossem avaliadas as mudanças ocorridas nas últimas décadas. O resultado mostrou que, desde 1970, a biodiversidade mundial teve redução de quase 30%. A situação é pior nas regiões tropicais, em que o declínio chega a 60%, menos de 40 anos.

A análise da Pegada Ecológica comprova também que a população mundial tem consumido mais do que o planeta é capaz de produzir. Segundo o relatório, o aumento da população, aliado ao consumo excessivo têm causado impactos profundos ao meio ambiente.

“Vivemos como se tivéssemos um planeta extra à nossa disposição. Utilizamos 50% mais recursos do que o planeta Terra pode produzir de forma sustentável. A menos que a gente altere esse rumo, esse número vai aumentar rapidamente – até 2030, até mesmo dois planetas não serão suficientes”, alerta Jim Leape, Diretor Geral da WWF.

O estudo foi feito com o apoio da Sociedade Zoológica de Londres e da Global Footprint Network. Para Jonathan Baillie, diretor da organização inglesa, o relatório indica que a Terra está muito doente e nós precisamos atentar a todos os sintomas, para que seja possível reverter esse quadro. “Se ignorarmos este diagnóstico, isso terá implicações importantes para a humanidade. Nós podemos restaurar a saúde do planeta, mas somente iremos conseguir isso se abordarmos as raízes das causas, que são o crescimento populacional e o consumo excessivo.”

- Publicidade -

A relação entre economia e impacto ambiental é bastante evidente da pesquisa. A prova disso é o ranking mundial da pegada ecológica, que tem países ricos nas primeiras colocações. As dez posições iniciais são ocupadas por: Catar, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Dinamarca, Estados Unidos da América, Bélgica, Austrália, Canadá, Holanda e Irlanda.

“Usar cada vez mais de uma natureza que é cada vez menor é uma estratégia perigosa. No entanto, a maior parte dos países continua nesse caminho. Com isso, eles colocar em risco não apenas o planeta, mas – o que é ainda mais importante –, colocam a si próprios em risco”, comenta Mathis Wackernagel, presidente da Global Footprint Network.

O relatório completo com todos os dados de estudo está disponível somente em inglês, mas mesmo assim a WWF-Brasil fez questão de lançá-lo em território nacional, para que sirva de apoio para os debates da Rio+20 e também funcione como alerta de que é necessário repensar a forma como o mundo tem buscado o desenvolvimento. O Brasil reúne uma das maiores biodiversidades do mundo, por isso é de extrema importância que o assunto seja debatido e reflita em mudanças. Com informações da WWF.

- Publicidade -

Redação CicloVivo