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Solução para o Sistema Cantareira pode ser plantio de 30 milhões de árvores

O desmatamento da mata ciliar também teve grande influência para o colapso hídrico de SP.

A estiagem é uma das causas para a crise hídrica paulista, mas não é a única. De acordo com especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e da GV Agro, o desmatamento da mata ciliar também teve grande influência para o colapso dos reservatórios da região metropolitana de São Paulo.

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Diante deste cenário, os pesquisadores indicam a recomposição da vegetação nativa como solução para recuperar os mananciais. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, técnicos da Embrapa Informática e da GV Agro sugerem que seja necessário plantar 30 milhões de mudas para recompor os 34 mil hectares de mata ciliar.

A proposta seria apenas o mínimo para que a faixa florestada no leito dos 8.171 quilômetros de rios que formam o Sistema Cantareira esteja de acordo com as normas estipuladas no Código Florestal. As informações para que eles chegassem a esta conclusão foram obtidas a partir da análise de imagens de satélites. Assim, os especialistas calculam a largura do rio e o tamanho mínimo que deve ter a mata ciliar.

A vegetação possui diversas funções em relação aos mananciais. Além de garantir a absorção de água pelo solo, para que ela chegue aos lençóis freáticos, as árvores evitam o assoreamento, erosão e ainda limpam os sedimentos trazidos pelas enxurradas, impedindo que os poluentes sejam depositados nos mananciais.

Para Ricardo Rodrigues, da Escola de Agronomia da Universidade de São Paulo, o plantio nem precisaria ser tão grande para que os resultados fossem sentidos. Segundo ele, conforme a reportagem, 50% da área precisaria de plantio total, 25% se regeneraria sozinha, enquanto os outros 25% precisariam de enriquecimento com espécies. Todo este processo custaria R$ 195, 5 milhões, com efeitos sobre o Sistema Cantareira em cinco anos. O valor é mínimo se comparado aos bilhões que o governo estadual pretende investir em transposições de rios e represas.

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Leia a reportagem completa aqui.

Redação CicloVivo

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