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Praias brasileiras poderão deixar de existir, afirma especialista

As praias brasileiras, um dos maiores atrativos turísticos do país, têm apresentado uma escassez progressiva da areia. O fenômeno pode fazer com que algumas praias do litoral simplesmente desapareçam do mapa. A afirmação é do geógrafo Dieter Muehe.

As praias brasileiras, um dos maiores atrativos turísticos do país, têm apresentado uma escassez progressiva da areia. O fenômeno pode fazer com que algumas praias do litoral simplesmente desapareçam do mapa. A afirmação é do geógrafo Dieter Muehe, que apresentou o seu estudo na 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Natal.

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Segundo Muehe, os grandes responsáveis pelo fenômeno são o aquecimento global e as ações nocivas do homem ao meio ambiente. O geógrafo explicou à Agência Brasil que as mudanças climáticas estão provocando elevações do nível do mar, assim como tempestades em ritmo acelerado, resultando na vulnerabilidade das faixas de areia do país.

Ele afirma que o risco é maior nas grandes cidades. “As regiões urbanas são as que correm mais risco, pois a perda de areia não é reposta naturalmente e a orla sofre maior erosão. Isso já ocorre em várias praias do Rio de Janeiro, como Piratininga, Ipanema e Cabo Frio”. 

Apesar da cena preocupante, a situação ainda pode ser revertida. O geógrafo explicou que as areias retiradas devem ser repostas, por meio de dragagens, com areia idêntica ou mais grossa que a da praia.

Outra solução, segundo Muehe, é explorar depósitos arenosos na zona submarina. Essa alternativa já é usada na construção civil e é proibida por questões ambientais, o que a torna cara.

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O geólogo diz que é fundamental investir em estudos sobre as fontes de sedimentos, com depósito de areia adequado. Além disso, também é necessário estudar a melhor forma de retirar areia submarina, sem afetar a biodiversidade da área.

Muehe afirma que o ideal seria que não houvessem edificações próximas às praias. “O certo seria adotar faixas não edificadas, conforme previsto por lei, que variam de 50 a 200 metros e assim teremos um espaço de ajustamento da linha de costa”.

Com informações da Agência Brasil

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