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Porto em Santos pode ser construído em área com espécies ameaçadas de extinção

Um terminal portuário está previsto para ser construído no litoral sul de São Paulo, mas se depender do Ministério Público Federal a obra será impedida. A área de mangue, localizada em Santos, é considerada habitat de espécies ameaçadas de extinção.

Um terminal portuário está previsto para ser construído no litoral sul de São Paulo, mas se depender do Ministério Público Federal a obra será impedida. A área de mangue, localizada em Santos, é considerada habitat de espécies ameaçadas de extinção.

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Uma ação civil foi encaminhada à Justiça, na última semana. O procurador da República Luís Eduardo Marrocos de Araújo está decidido a impedir e suspender qualquer autorização para a realização da obra.   

“Naquele local existem remanescentes especiais de Mata Atlântica, que desempenham funções ambientais excepcionais. São áreas de proteção de espécies ameaçadas e que estão no entorno do Parque Estadual da Serra do Mar. É um corredor ecológico importante para a preservação da fauna e flora da região”, disse o procurador ao Globo Natureza.

O projeto, orçado em R$ 1,5 bilhão, chamado de “Terminal Brites” será operado pelas empresas Vetria Mineração, Triunfo Participações e Investimentos e pela Vetorial Mineração. A capacidade de comercialização é de até 27,5 milhões de toneladas anuais.

A previsão é que o terminal fique na margem esquerda do Porto de Santos, o maior do Brasil, e seja estruturado com dois tombadores duplos, um berço de 380 metros e calado para navios de 125 mil toneladas.

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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) concedeu o licenciamento ambiental desde abril de 2011. Mas ainda falta uma liberação da Licença de Instalação. Enquanto isso não ocorre, o procurador reúne provas para mostrar o porquê de o local ser impróprio para a construção do porto.

Doutor em zoologia pela Universidade Estadual de São Paulo, Fábio Ornos afirma que a implantação do porto privado é desnecessária. Ele pesquisa o local há 17 anos e diz que as pesquisas científicas e trabalhos de zoneamento feitos por organismos não-governamentais e governamentais serão “jogados no lixo” com esta construção.

“O largo Santa Rita é um dos maiores complexos de mangue do Sudeste do Brasil. É uma áreas de águas rasas e bancos de sedimentos, com grandes bancos de mexilhões, algas e uma fauna rica de crustáceos e pequenos peixes que servem de alimento para aves”, explica o pesquisador.

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De acordo com ele, a região é habitat de pelo menos 20 espécies de aves consideradas ameaçadas de extinção, como o guará-vermelho . Ele enfatiza que não é contra o progresso, porém há “tipos corretos de progresso”. Com informações do G1.

Redação CicloVivo