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Pesquisa científica alerta sobre importância dos morcegos no meio ambiente

A revista científica “Science” publicou um estudo revelando a contribuição dos morcegos para a agricultura e o meio ambiente. O artigo serve para determinar a importância desses animais para o equilíbrio ambiental.

A revista científica “Science” publicou um estudo revelando a contribuição dos morcegos. O artigo serve para determinar a importância desses animais para o equilíbrio ambiental. 

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A extinção desses mamíferos significaria uma grande perda para a agricultura, pois eles se alimentam de insetos, que infestam as plantações. Assim também beneficiam a economia, pois são necessários gastos com inseticidas. 

Recentemente, pesquisadores norte-americanos ficaram preocupados com uma doença que acarretou na morte de mais de um milhão de morcegos, segundo o Serviço de Vida Selvagem e Peixes, em algumas regiões dos Estados Unidos. A possibilidade de a doença afetar as áreas de cultivos de frutas e vegetais também preocupam. 

O biólogo Paul Cryan, um dos autores do estudo, disse que muitos questionam a importância dos morcegos, mas para ele o assunto leva tempo para ser explicado e a situação exige urgência. "Sentimos que não há muito tempo para divulgar que os morcegos são importantes e por que são importantes", afirmou. 

Com os morcegos é possível economizar anualmente, no mínimo US$ 3,7 bilhões. "Achamos que algumas pessoas vão discordar dos detalhes e esperamos que isso inicie uma discussão científica mais ampla", disse Cryan. 

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Gary McCracken, que também faz parte do estudo disse que os valores não calculam os danos causados ao meio ambiente. “Essas estimativas incluem a economia de aplicações de pesticida que não são necessárias para controlar os insetos hoje consumidos pelos morcegos. Entretanto, não incluem o impacto colateral dos pesticidas sobre os seres humanos, animais domésticos e selvagens e o meio-ambiente”, explicou o pesquisador. 

A doença, descoberta em 2006, é chamada de síndrome de nariz branco. Iniciada em Nova York, ela já atingiu 16 estados entre o Meio-Oeste, Sul, mas a região de maior contaminação foi o Nordeste. E a preocupação é justamente esta: a rapidez com que a doença tem se espalhado. Alguns temem que, se nada for feito, dentro de poucos anos a redução de morcegos seja muito ampla. O que seria uma grande perda para a biodiversidade. 

O estudo buscou detalhar a quantidade e quais tipos de insetos os morcegos se alimentam. As lagartas-das-maças, por exemplo, atacam o algodão, porém 8 gramas destes insetos, que infestam a área do centro-sul do Texas, são ingeridos há cada noite pelos morcegos. 

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A energia eólica também tem gerado controvérsias entre ambientalistas. Alguns defendem a ideia de que este tipo de energia, em menor proporção, tem matado muitos morcegos. Segundo os pesquisadores os principais motivos são as hélices das turbinas que ferem os morcegos e a queda de pressão que causa hemorragias internas. Eles se orientam pelo ecolocalização (se guia pelo som dos ecos) e a mudança de pressão não é percebida por eles. 

O artigo da revista alerta sobre a urgência do assunto. “São necessários esforços urgentes para educar o público e os formuladores de políticas públicas sobre a importância ecológica e econômica dos morcegos insetívoros e prover soluções práticas de conservação”.

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