A Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou uma série de propostas para que as empresas possam investir na adaptação às mudanças do clima. O objetivo é mostrar as possibilidades e os benefícios de uma produção feita de maneira consciente.
A Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou uma série de propostas para que as empresas possam investir na adaptação às mudanças do clima. O objetivo é mostrar as possibilidades e os benefícios de uma produção feita de maneira consciente.
Ficou a cargo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês) organizar cem casos de empresas, espalhadas pelo mundo, do setor privado que tiveram sucesso em suas iniciativas. Estas servem de exemplo para as corporações que querem evitar prejuízos financeiros devido a catástrofes naturais, além de prevenir consequências graves de desastres.
A estratégia do órgão é mostrar como a falta de responsabilidade ambiental pode afetar as empresas financeiramente e assim acabar com a ideia de que os problemas ocasionados pela mudança climática devem ser solucionados apenas pelos governos. Mas, para isso é preciso mostrar o que interessa ao empresário, como afirma Emerson Resende, coordenador do programa Iniciativa do setor privado em adaptação da UNFCCC.
“Se falasse a um diretor de empresa da projeção de que a temperatura do planeta vai aumentar, isso não vai significar muita coisa. Agora, se mostrar a mesma projeção exemplificando uma redução de chuvas na região onde está sua empresa [afetando a produtividade], demonstro o impacto da mudança climática.”
Emerson Resende coletou informações sobre ações implementadas por várias empresas, entre elas Nestlé, Coca-Cola, Levi’s, Microsoft e Basf. Os dados foram divulgados no relatório.
Um exemplo é a fabricante de roupas da marca Levi’s, dos Estados Unidos, que conseguiu criar uma maneira reduzir o consumo de água na produção de calças jeans e assim evitar o desperdício.
Já a Nestlé investe em plantio sustentáveis. Pois, sua produção de grãos como o cacau e o café pode ser afetada devido à seca em determinados países. O modo diferente de plantio contribui para o aumento da fertilidade do solo.
Ações brasileiras também foram abordadas no relatório. Iniciativas realizadas pelas empresas Allianz Seguros, Basf, HSBC e Riverside tiveram destaque nas adaptações às mudanças climáticas. No caso da companhia química Basf, foram citados os projetos tecnológicos que evitam erosões e deslizamentos e o desenvolvimento de plantas mais resistentes a chuvas e à estiagem.
Segundo Resende, agora o órgão se empenhará na divulgação destas informações para que alcancem o maior número de empresas. Esta etapa será realizada com a ajuda de centros regionais e associações de negócios. Com informações do G1.
Redação CicloVivo
