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Manchas de óleo ameaçam reprodução de tartarugas em Sergipe

O estado de Sergipe tem grande concentração de plataformas de produção petrolífera. São 25 instalações em 163 km.

Ibama

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) confirmou a presença de placas de óleo ao longo de 17 quilômetros de areia na praia da Reserva Biológica de Santa Isabel, em Pirambu, Sergipe. A vistoria do órgão foi feita na última quarta-feira (17), após o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), gestor da reserva, receber um comunicado oficial da Petrobras sobre a presença de óleo na areia.

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A quantidade e a origem do óleo ainda são desconhecidas. Segundo o Ibama, as placas de petróleo têm até 15×15 centímetros aproximadamente. Os técnicos coletaram amostras do material, também encontrado ao longo do litoral entre a foz dos rios Japaratuba e Sergipe.

De acordo com o instituto, técnicos ambientais fizeram um sobrevoo na região e não identificaram manchas no mar. Outras vistorias devem ser feitas na costa nos próximos dias.

O estado de Sergipe tem grande concentração de plataformas de produção petrolífera. São 25 instalações em 163 quilômetros de costa, todas da Petrobras.

A estatal informou não ter identificado anomalia nos campos de petróleo próximos, portanto a mancha é considerada “órfã” até que os testes identifiquem a origem. Segundo especialistas, o óleo também pode ter vazado ou ter sido liberado por navios em alto mar e chegado até o litoral brasileiro.

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Ameaça ambiental

A Reserva Ambiental de Santa Isabel tem 45 quilômetros de extensão, com praias desertas, lagoas, manguezais e dunas com vegetação de restinga. O local preserva o ecossistema litorâneo e abriga a mais importante área de reprodução das tartarugas olivas no país.

O coordenador do projeto Tamar na região, Cesar Coelho, está preocupado com o impacto do óleo nos ninhos de tartaruga. Ele está acompanhando as ações de coleta e monitorando possíveis impactos aos ecossistemas. “A maior concentração de óleo chegou justamente onde há a maior quantidade de ovos de tartarugas. Se os filhotes nascerem, e estamos na época, provavelmente vão morrer”, disse.

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Por Maiana Diniz – Agência Brasil