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Macacos quase extintos são encontrados em Parque da Colômbia

Uma nova população, de um dos mais raros primatas do mundo, o macaco-aranha marrom (Ateles hybridus), foi encontrada no Parque Nacional Selva de Florencia, na Colômbia, conforme anunciado por conservacionistas na última semana.

Uma nova população, de um dos mais raros primatas do mundo, o macaco-aranha marrom (Ateles hybridus), foi encontrada no Parque Nacional Selva de Florencia, na Colômbia, conforme anunciado por conservacionistas na última semana.

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O macaco-aranha marrom é considerado um dos 25 primatas mais ameaçados do mundo. Ele reside em duas populações distintas de cada lado do rio Magdalena, no centro da Colômbia, parcialmente dentro da paisagem Eje Cafetero. Cada população representa uma subespécie diferente: A. hybridus hybridus vivendo em um lado do rio, A. h. brunneus do outro. Enquanto a primeira era conhecida por ocorrer em áreas nacionais protegidas, esta última ainda era desconhecida até pouco tempo atrás.

Considerado criticamente ameaçado pela União Internacional para Conservação da Natureza, o macaco-aranha marrom tem diminuído na faixa norte da América do Sul, em pelo menos 80% nos últimos 45 anos, principalmente devido à caça e à perda de habitat.

A estimativa é de que existam menos de 30 indivíduos de A. hybridus brunneus por quilômetro quadrado do Parque, de acordo com Nestor Roncancio, do Programa Wildlife Conservation Society (WCS) da América Latina e Caribe, que esteve na expedição onde foram encontrados os macacos. A outra subespécie não foi encontrada no parque durante a pesquisa recente.

"Esta descoberta emocionante de macacos-aranha marrons no Parque Nacional Selva de Florencia enfatiza a importância de áreas protegidas para preservar a vida selvagem, mesmo para espécies previamente desconhecidas", disse Julie Kunen, diretora da WCS da América Latina e Caribe. "O fato de que a espécie foi encontrada em uma área protegida dá esperança aos conservacionistas de que as populações serão salvaguardadas e podem até mesmo crescer em número."

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Quando o parque nacional foi formado em 2005, não houve avistamentos de macacos-aranha marrom e a espécie foi considerada localmente extinta.

De acordo com o site da National Geographic, Roncancio disse que a paisagem bruta da região e a história dos conflitos armados tornaram difícil a condução de pesquisas mais extensas.

Em novembro de 2011, um fazendeiro local relatou ter visto um macaco-aranha marrom, estimulando os cientistas a organizar uma curta expedição para encontrar a espécie. "Ficamos muito surpresos, porque, apesar de acreditar que era possível que o macaco estivesse lá, sabíamos que seria muito improvável vê-lo em uma viagem tão curta e devido ao terreno difícil", disse Roncancio. "Foi um momento muito emocionante", completou o cientista. A pesquisa rendeu observações de pelo menos dois macacos-aranha marrom.

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A população recém-descoberta é o único grupo da espécie vivendo em uma área protegida e é a mais meridional. Infelizmente, o Parque está localizado na área mais ao sul da faixa da espécie, assim a população está vulnerável ao extermínio.

Roncancio e seus colegas estão desenvolvendo um plano de conservação para proteger os primatas. Para garantir a sobrevivência do macaco-aranha marrom na Colômbia, os conservacionistas irão avaliar seu status na Selva e restaurar o habitat degradado para fornecer conectividade entre as populações do norte, que está atualmente sendo estudada pela WCS. Com informações da National Geographic e WCS.

Redação CicloVivo