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Elevação na temperatura do mar prejudica peixes

Segundo o estudo publicado na revista “Nature Climate Change”, a elevação das temperaturas oceânicas, podem levar algumas espécies de peixes ao seu limite, retardando seu crescimento e aumentando o estresse e o risco de morte.

De acordo com um estudo publicado na revista “Nature Climate Change”, as temperaturas oceânicas, em rápida elevação em algumas partes do mundo, podem levar algumas espécies de peixes ao seu limite, retardando seu crescimento e aumentando o estresse e o risco de morte.

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Os pesquisadores australianos concentraram-se na espécie de peixe-bobo-de-faixa-negra, do mar da Tasmânia, entre a Austrália e a Nova Zelândia. Usando dados atuais e de longo prazo, os cientistas descobriram que o crescimento do peixe-bobo em algumas áreas foi desacelerado por um salto de quase dois graus Celsius nas temperaturas da superfície do mar de Tasmânia nos últimos 60 anos, uma das mais rápidas elevações nos oceanos do Hemisfério Sul.

Segundo os cientistas, os resultados têm implicações para outras espécies de peixes. Recifes de coral e a multibilionária indústria pesqueira também acabam afetados conforme os mares se aquecem e se tornam mais ácidos. Geralmente, animais de sangue frio reagem ao aumento de temperatura acelerando a taxa de reprodução à medida que as temperaturas sobem, porém há um limite.

"Ao examinar o crescimento em uma área habitada por essa espécie, encontramos evidências, tanto de crescimento retardado, como de estresse fisiológico acentuado, já que as temperaturas mais elevadas impõem um custo metabólico maior nos peixes na borda mais quente da área", afirmou o ecologista marítimo Ron Thresher em entrevista à Agência Reuters.

O peixe-bobo-de-faixa-negra pode viver até cem anos, mas algumas espécies como o atum, se movimentam muito mais e buscam cada vez mais, águas frescas ao sul. Os cientistas usaram dados sobre o peixe-bobo-de-faixa-negra, que remontam a 1910 e se concentram na estrutura óssea chamada otólito, que apresenta anéis de crescimento anuais semelhantes aos encontrados em árvores. Estudando dados de amostras de espécies do mar da Tasmânia, eles detectaram um crescimento acentuado nas populações da espécie no meio de áreas nas águas australianas, nas quais as temperaturas subiram, mas ainda estão relativamente frescas. 

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No entanto, o crescimento diminuiu nas áreas com temperaturas em elevação, na fronteira norte, ao redor da Nova Zelândia. Os cientistas descobriram que o decréscimo no crescimento pode estar relacionado com maiores níveis de estresse, causados pelas temperaturas em elevação, o consumo acentuado de oxigênio e uma queda na capacidade de nadar por longos períodos. 

“Os peixes tendem a voltar ao mesmo terreno de procriação ou vivem nos mesmos recifes. E esses serão os mais afetados", finalizou Thresher. Com informações de Reuters e G1.

Redação CicloVivo

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