- Publicidade -

Derretimento de gelo da Antártida preocupa especialistas

A Antártida sempre manteve ou teve seus níveis de gelo na superfície aumentados, mas este ano foi diferente.

iStock by Getty Images

Ao longo dos últimos anos, os pesquisadores identificaram um constante derretimento no gelo Ártico. No entanto, desde que os monitoramentos começaram a ser feitos, há mais de três décadas, a Antártida, por outro lado, sempre manteve ou teve seus níveis de gelo na superfície aumentados. Mas, isso está mudando e os cientistas estão preocupados.

- Publicidade -

Um estudo publicado recentemente na revista científica Nature Cimate Change apresentou resultados da análise de imagens de satélites registradas nos últimos 36 anos. Até este ano, a área coberta por gelo na Antártida estava estável, mas, em setembro de 2016 foi registrado um recorde na baixa dos níveis de gelo marinho na região.

Segundo os pesquisadores, o fator mais preocupante é que, enquanto o Ártico derrete, ele está cercado por terra, o que impede que o gelo se afaste durante os verões e permita que, ao congelar novamente no inverno, ele retorne aos níveis anteriores. Mas, na Antártida isso não acontece, já que no extremo sul, só o que a cerca é o próprio oceano.

Foto: iStock by Getty Images
Foto: iStock by Getty Images

O fator mais curioso e ao mesmo tempo mais preocupante disso tudo é que as temperaturas registradas na superfície Antártida não mudaram muito nos últimos tempos. Mas, os cientistas perceberam que o fundo do oceano está mais quente.

“Este resfriamento mascara uma mudança mais sinistra e mais profunda no oceano, particularmente perto da camada de gelo ao oeste da Antártica e na geleira Totten”, descreveram os pesquisadores.

- Publicidade -

Segundo eles, nessas áreas, as taxas de aquecimento subterrâneo dos oceanos contra as bases de gelo são mais preocupantes. Isso acontece porque o derretimento do gelo profundo pode desestabilizar as placas de gelo, acelerando o futuro aquecimento global e a elevação do nível do mar.

Foto: iStock by Getty Images
Foto: iStock by Getty Images

O estudo, no entanto, não determina ao certo o que tem ocasionado essa mudança de padrão, que faz com que a camada de gelo superficial cresça mesmo quando o gelo subterrâneo está derretendo. Além disso, os pesquisadores ainda têm que lidar com outras dificuldades, como o fato de os estudos sobre a região Antártica ainda serem considerados recentes (pouco mais de 30 anos) e as temperaturas variarem muito durante todo o ano. “Isso significa que 37 anos de medições da superfície na Antártida simplesmente não são suficientes para detectar o sinal da mudança climática causada pelo homem”, diz o estudo.

Clique aqui para acessar o material completo.

- Publicidade -

Redação CicloVivo