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Foto: Miguel Rangel Jr./Flickr

Há sete anos pesquisadores brasileiros têm se dedicado ao estudo e monitoramento da biodiversidade nacional. O trabalho resultou na análise de 12.256 animais e atualizou a lista de espécies ameaçadas de extinção.

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O estudo, comandado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), representou a maior avaliação de risco de extinção já feita no mundo.

Ao todo, 720 novas espécies foram incluídas na lista, como o macaco-prego-galego (Sapajus flavius), descrito após 2003 cujo habitat (Mata Atlântica nordestina) vem sofrendo redução desde o século XVII, e do maçarico-rasteirinho, ave migratória com declínio populacional.

Mas a melhor notícia, mesmo, foi a retirada de outras 1.173 espécies da fauna ameaçadas de extinção, que constavam na lista anterior, com dados de 2003/2004. Essas espécies melhoraram o seu estado de conservação e saíram da nova lista oficial.

Outras tantas melhoraram de situação, como o mico-leão-preto, que passou de Criticamente em Perigo para Vulnerável, o bacurau-de-rabo-branco, que saiu da categoria Em Perigo para Vulnerável, a arara-azul-de-lear e o peixe-boi-marinho, que passaram de Criticamente em Perigo para Em Perigo.

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Iniciado em 2009, o trabalho durou cinco anos ininterruptos, sendo concluído no final de 2014. Ao todo, 1.383 especialistas da comunidade científica de mais de 200 instituições estiveram envolvidos nesse processo.

A nova lista é uma ferramenta fundamental para balizar ações, planos e programas de proteção da fauna ameaçada. Ela representa um diagnóstico, um passo inicial para as ações posteriores, como os planos de ação nacional (PAN) para a conservação das espécies. O PAN é um pacto entre vários setores da sociedade que estabelece compromissos e responsabilidades para melhorar a conservação de determinadas espécies.

Além de evidenciar a importância dos planos de ação nacionais, a lista mostrou o quanto as unidades de conservação (UCs) da natureza são imprescindíveis para a proteção da fauna brasileira. Das 1.173 espécies ameaçadas que melhoraram o seu estado de conservação e saíram da lista, 663 (56,5%) estão presentes em UCs e 498 (42%) já são contempladas por algum PAN.

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Do ICMBio