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O Legado das Águas, reserva privada de Mata Atlântica, é conhecido por abrigar espécies raras. Lá é possível encontrar o cachorro-vinagre e até uma anta albina. A descoberta mais recente foi a borboleta Godartianabyses, sendo o primeiro registro no Estado de São Paulo.

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O exemplar fêmea da espécie foi registrada em 2017, na Trilha do Cambuci, dentro da reserva. A identificação foi feita pela bióloga Laura Braga, especialista em borboletas e mariposas. De acordo com Laura, apesar de São Paulo ter sido amplamente pesquisado desde 1968, esse foi o primeiro registro da Godartiana byses. A espécie é uma pequena borboleta endêmica da Mata Atlântica. Ela pertence à família Nymphalidae, grupo de borboletas frugívoras, que se alimentam de frutas fermentadas.

“Anteriormente, esta espécie havia sido registrada nas florestas quentes dos estados de Minas Gerais, Bahia, Espírito do Santo e Rio de Janeiro. Sempre associada às florestas bem preservadas. Ainda não se sabe porque é tão rara no Estado de São Paulo, mas esse registro ressalva a importância biológica do Legado das Águas para a conservação da biodiversidade”, diz a bióloga.

A descoberta será publicada como nota científica “Distribution extension of Godartiana byses (nymphalidae: satyrinae) and first record for the state of São Paulo, Brazil” na revista Journal of the Lepidopterists’ Society.

Borboleta da Reserva

O Legado das Águas realiza, desde 2016, um levantamento da fauna de borboletas em sua área, no Vale do Ribeira. O trabalho compreendeu o primeiro passo para se conhecer as espécies presentes no Legado. A pesquisa resultou no registro de 182 espécies até o momento. Entretanto, é estimada uma riqueza muito maior, sendo algumas espécies de borboletas indicadores de boa qualidade da vegetação e conservação.

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“Estamos muito animados com a descoberta. O trabalho que está sendo realizado dentro de uma área como a do Legado, com biodiversidade privilegiada, trará importantes contribuições para o estudo das borboletas e para a conservação de algumas espécies com maior perigo de extinção, além de contribuir para o conhecimento científico”, afirma Frineia Rezende, gerente de executiva da Reservas Votorantim, empresa que administra a reserva.

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