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Ambientalistas apelam ao Congresso dos EUA para bloquear recursos do Rodoanel Norte

Representantes do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (PROAM) enviaram, na última semana, uma petição urgente a 26 membros do Congresso Americano sobre os impactos ambientais e sociais das obras do Rodoanel Norte na Cantareira.

Representantes do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (PROAM) enviaram, na última semana, uma petição urgente a 26 membros do Congresso Americano sobre os impactos ambientais e sociais das obras do Rodoanel Norte na Cantareira, região norte da cidade de São Paulo.

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Apoiados por pesquisadores da área de Direito da Universidade de Berkeley, nos EUA (Berkeley, School of Law/SEEJ- Students on Environment and Economic Justice), os manifestantes pedem a atenção dos congressistas sobre as milhares de pessoas que serão desalojadas pela obra, parcialmente financiada pelo Tesouro Americano, por meio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A petição entregue a deputados e senadores lembra que mais de dez mil pessoas residentes em bairros pobres terão que abandonar suas casas e que muitos não serão indenizados porque não têm títulos de propriedade dos imóveis. "A maioria dos residentes não foi consultada sobre as condições de reassentamento e mesmo o traçado exato da rodovia nunca foi divulgado", explica o pesquisador Mauro Vitor, conselheiro do PROAM.

O texto destaca também os prejuízos ambientais que o Rodoanel provocará na região da Cantareira, considerada Reserva da Biosfera pela Unesco por sua riqueza em espécies vegetais e animais e pelo papel que a serra cumpre no controle da poluição e do clima de São Paulo. O impacto da obra no Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de 9 milhões de pessoas, também foi lembrado.

A petição enviada ao Congresso lembra que como a construção ainda não começou, ainda há tempo para que os deputados e senadores avaliem se o dinheiro dos EUA não será usado para gerar degradação ambiental e urbana. "Os recursos não devem ser desembolsados pelo BID até que as dúvidas relacionadas ao reassentamento das famílias, aos impactos ambientais e à falta de transparência do projeto sejam esclarecidas", afirma Carlos Bocuhy, presidente do PROAM.

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O documento completo pode ser consultado aqui.