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Água do Sistema Cantareira pode acabar em março

As chuvas ideais para recuperar os mananciais são formadas por frentes frias ou corredores de umidade que saem da Amazônia.

O estado de São Paulo passa por uma das piores crises hídricas na história. Na capital paulista, o Cantareira, um dos principais sistemas de abastecimento trabalha em capacidade mínima e, segundo pesquisadores, ele pode secar já em março deste ano.

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A projeção foi divulgada no G1 e feita pela hidróloga Luz Adriana Cuartas, do Centro Nacional de Monitoramento. Segundo a especialista, se a chuva neste verão for 10% da média histórica, a água do Sistema Cantareira secará em março. Caso as chuvas se mantenham na mesma média de dezembro, a água acabará em junho.

Para chegar a essas estimativas, Luz considerou o volume de captação atual do sistema para o abastecimento da cidade. A retirada tem sido cada vez menor. Em março de 2014 a Agência Nacional de Águas determinou a redução de 33 mil para 27,9 mil litros de água por segundo. Nesta semana, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), já retirava apenas 16 mil litros por segundo.

Em entrevista ao SPTV, o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, confirmou o aviso da pesquisadora. “É possível que sim [seque em março]. Se continuar assim, é possível. Por isso que nós estamos fechando. Você tem que ir fechando as torneiras”, explicou ele.

Mesmo com os temporais que atingiram a cidade nas últimas semanas, isso ainda não foi suficiente. A explicação dos meteorologistas é de que as chuvas ideais para recuperar os mananciais são formadas por frentes frias ou corredores de umidade que saem da Amazônia e vão em direção à região Sudeste. No entanto, elas não têm chegado a São Paulo devido a um bloqueio atmosférico. Ainda não é possível prever os níveis de precipitação para os próximos meses.

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Redação CicloVivo