Plataforma digital permite simular futura matriz elétrica brasileira
De forma simples, qualquer pessoa pode simular composições com até sete fontes de energia.
De forma simples, qualquer pessoa pode simular composições com até sete fontes de energia.
O Instituto Escolhas lança a plataforma #Quantoé? Gerar Energia que tem como objetivo fazer a sociedade pensar sobre em quais fontes de energia o Brasil deve investir para atender a demanda de eletricidade até 2025. Segundo previsões oficiais, o país terá que atender a um acréscimo de 200 terawatts-hora (TWh), ou seja, quase um terço a mais à demanda atual. De forma simples, qualquer pessoa pode simular composições com até sete fontes de energia, verificando assim o investimento necessário para atender esta demanda, as emissões de gases de efeito estufa (GEE) gerados e o impacto na conta de luz dos brasileiros.
Foram usados dados oficiais e fontes confiáveis sobre a geração de eletricidade com usinas: hidrelétricas; eólicas (vento); solar fotovoltaicas; térmicas a biomassa, térmicas a gás natural; térmicas a carvão mineral e nucleares. Para cada escolha feita, seguindo uma porcentagem de participação de cada fonte na matriz nacional, muda o cenário do país. Por exemplo, se uma pessoa quiser que o Brasil invista 40% em usinas hidrelétricas, 20% em energia solar fotovoltaica, em energia eólica e em térmica a biomassa, seria necessário um investimento de R$ 994 bilhões. O consumidor pagaria 165,60 R$/MWh (reais por Megawatts- hora) – considerando a Região Metropolitana de São Paulo. Atualmente, esse valor é de 224,02 R$/MWh. Nesta projeção, o Brasil teria uma matriz 100% limpa por não emitir GEE, uma vez que toda a energia viria de fontes renováveis.
“Não devemos pensar nisso como um custo, mas como um investimento a longo prazo. Queremos chamar a atenção dos consumidores e do governo para os benefícios de uma matriz energética limpa e renovável, como a geração de empregos e melhora da economia”, afirma Sérgio Leitão, diretor de Relacionamento com a Sociedade do Instituto Escolhas. “Além disso, esperamos que, ao saber o impacto de suas escolhas no preço da energia cobrada em sua conta de luz, o consumidor exercite e entenda o seu poder de controle sobre algo que parece tão distante e envolve tantos gastos bilionários”, completou.
Para chegar a essas conclusões, o Instituto Escolhas considerou o investimento para a construção, operacionalização e manutenção de uma usina nova do tamanho necessário para cada fonte. Por acreditar que a tomada de decisão não deve ser apenas financeira, a organização calculou as emissões de gases de efeito estufa de cada fonte e ainda acrescentou o que seria um imposto sobre essas emissões, desestimulando o uso das fontes que usam combustíveis fósseis, em razão de seus impactos sobre o clima. Para os dados da conta de luz, comparou o custo do quilowatt-hora (kWh) de cada fonte com a tarifa de energia da concessionária que fornece energia para onde o usuário mora.
Geração de energia no Brasil
Atualmente, a matriz elétrica brasileira é basicamente hidrelétrica, mas a opção por fontes renováveis poderá trazer impactos líquidos positivos para a economia no médio e longo prazo. Entre 2011 e 2014, por exemplo, a oferta interna de energia elétrica no Brasil cresceu 11%, mas houve redução de 12,8% na participação da hidroeletricidade. Esses dados reforçam a meta do Brasil firmada na Convenção do Clima da ONU, que é transitar para um sistema de energia com uma participação maior de energias renováveis até 2030.
A plataforma ainda traz informações sobre o processo de geração de energia no Brasil, bem como a explicação sobre o que é cada uma das fontes apresentadas e como é possível entender como funciona a conta de luz.
Clique aqui para acessar a plataforma.