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Investidores globais cobram compromisso dos governos com as mudanças climáticas

São mais de 400 grandes investidores cobrando que os líderes mundiais assinem o Acordo de Paris.

Poucos dias antes que mais de 130 líderes mundiais estejam reunidos em Nova York para assinar o Acordo de Paris, organizações que representam coletivamente mais de 400 investidores institucionais responsáveis por US$ 24 trilhões em ativos pediram aos líderes mundiais para que, não só assinem, mas também façam parte do Acordo de Paris e o apliquem em suas legislações nacionais com urgência.

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O Acordo entra em vigor quando 55 países que representam 55% das emissões globais depositarem seus instrumentos de adesão junto à ONU. Os investidores apoiam que o acordo comece a vigorar cedo, possivelmente já no próximo ano.

As opiniões dos investidores

Falando em Londres, Stephanie Pfeifer, CEO do Institutional Investors Group on Climate Change (representando mais de 120 gestores e detentores de ativos europeus) disse: “O acordo alcançado em Paris foi um avanço histórico, que emitiu um sinal inequívoco para os investidores transferirem os ativos rapidamente em direção a uma economia de baixo carbono. Agora é vital que os 195 países que adotaram o Acordo de Paris, especialmente os 20 maiores emissores, amplifiquem o sinal que, ao assinar e aderir ao Acordo de Paris, o colocarão rapidamente em vigor”.

Mindy Lubber, presidente da Ceres e diretora da Investor Network on Climate Risk (INCR, América do Norte) disse: “O Acordo de Paris fornece a estrutura para acelerar o ritmo e a escala de investimento – pelo menos US$ 1 trilhão por ano, quatro vezes mais do que os níveis atuais – que é necessário para descarbonizar a economia global e limitar o aquecimento global a dois graus Celsius ou menos. É vital, portanto, que os líderes mundiais sustentem o impulso político contido no Acordo de Paris”.

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Fiona Reynolds, Diretora Geral da PRI disse, “O financiamento climático global atingiu níveis recordes em 2015, mas uma enorme lacuna nos investimentos ainda precisa ser superada. Os países em desenvolvimento também precisam saber que eles terão acesso ao investimento necessário para uma transição suave para uma economia de baixo carbono. A rapidez da ação dos grandes emissores sobre o Acordo de Paris é necessária para satisfazer ambos estes desafios de alocação urgente de capital”.

Paul Simpson, CEO da CDP disse: “Estas palavras de ordem mostram um imperativo de negócios e financeiro inequívoco para que os governos tomem medidas concretas a partir da significativa vontade política representada pelo Acordo de Paris. Aqueles países que são grandes emissores são também alguns dos que têm mais a ganhar com uma ação imediata para conter a ameaça das mudanças climáticas por causa dos impactos enormes que poderiam afetar não apenas sistemas agrícolas, infra-estruturas de transportes ou energia, mas os resultados financeiros. Uma pesquisa com investidores da CDP mostra claramente que os investidores e empresas melhor preparados vão ser os que vão ganhar vantagem competitiva”.

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