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WWF lança ferramenta que mede risco em bacias hidrográficas no Brasil

O Mapa de Ferramenta de Risco Hídrico no Brasil cruza dados de mais de 100 indicadores.

Desenvolver modelos de negócio que incorporem as questões hídricas é um dos maiores desafios das economias em todo o mundo. Segundo a organização das Nações Unidas, o planeta enfrentará um déficit de água de 40% em 2030; e o Fórum Econômico Mundial lista a água como um dos maiores riscos globais nos próximos seis anos.

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Em resposta a isso, foi lançada nesta terça-feira (21), em evento promovido pelo WWF-Brasil, a Ferramenta de Risco Hídrico (Water Risk Filter em inglês – WRF) mapeada com dados em alta resolução para o Brasil. Desenvolvida pela Rede WWF e pela instituição alemã de desenvolvimento financeiro KfW/DEG com o intuito de ajudar organizações de todo o mundo a avaliar os riscos físicos, regulatórios e reputacionais relacionados à gestão da água, a ferramenta também fornece orientações sobre o que fazer em resposta a esses riscos, promovendo a mitigação destes riscos e o uso sustentável da água.

Gratuita e 100% digital, a inovadora Ferramenta de Risco Hídrico já foi utilizada por mais de 1.500 organizações de 32 setores da indústria que avaliaram suas instalações em mais de 400 das maiores bacias hidrográficas do globo. A ferramenta, que possui adaptações específicas para alguns setores da indústria e mais de uma centena de commodities agrícolas, está sendo ampliada com dados de alta resolução para cada país e o Brasil está entre os 10 primeiros países a lançar seu mapa de Ferramenta de Risco Hídrico.

“A Ferramenta em escala global já foi aplicada para avaliar o risco de mais de dois mil locais no Brasil, seja por empresas ou terceiros, evidenciando grande interesse pela mesma”, indica Mariana Napolitana, Coordenadora da Iniciativa de Água do WWF-Brasil. Dentre os setores com maior número de avaliações no Brasil até hoje estão às empresas de bebidas, papel e celulose e agricultura, especialmente no Sul e Sudeste do país, complementa Napolitano.

Dados high-resolution no Brasil

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Na fase de regionalização dos dados do mapa, para mais da metade deles foi possível conseguir informações de melhor qualidade para o Brasil, oriundas de universidades e instituições de pesquisa e da Agência Nacional de Águas (ANA) com foco em números relacionados à qualidade, quantidade e uso da água. Além disso, foi realizado um amplo levantamento sobre a governança das principais bacias hidrográficas do Brasil.

Na ferramenta, são considerados mais de 100 indicadores de risco. A partir do cruzamento de todos esses dados, a WRF permite que se tenha uma visão detalhada dos riscos hídricos de cada região com foco no setor em que a organização está inserida – agricultura, papel & celulose ou extrativismo, por exemplo. São 12 milhões de km² de dados sobre risco hídrico em alta resolução, incluindo o Brasil.

O risco, no mapa, é identificado em cores que variam do verde ao vermelho e leva em consideração as perspectivas espaciais da operação da organização e da bacia hidrográfica. No diagnóstico, caso a ferramenta identifique “zonas vermelhas” relacionadas à água – locais de alto risco hídrico por causa de um ou vários motivos, a resposta não deve ser abandonar tais locais. Pelo contrário, o que a ferramenta busca é preparar as companhias para enfrentarem esse risco, gerindo os recursos de forma sustentável.

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Da WWF-Brasil