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Voluntários já “adotaram” 30 pontes em São Paulo

Campanha quer estimular melhorias de segurança para pedestres e ciclistas nas pontes e viadutos da cidade.

Mais de 90 voluntários já estão participando da campanha Adote uma Ponte, iniciada no último dia 22 pela Ciclocidade – Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo. A proposta é estimular os ciclistas e pedestres que utilizam cotidianamente as pontes e viadutos da cidade a fotografarem, filmarem e escreverem pequenos relatórios sobre os problemas que enfrentam na travessia dessas infraestruturas, hoje dominadas pelo tráfego de veículos motorizados.

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O objetivo é estimular as autoridades a melhorarem as condições de conforto e segurança para pedestres e ciclistas. Coincidentemente, já no dia 23, a prefeitura paulistana anunciou um plano para melhorar essas travessias e prometeu realizar uma experiência piloto na Ponte da Casa Verde, que liga o centro à zona norte da cidade.

Até o momento, 30 delas foram "adotadas", com destaque para as pontes da Cidade Universitária, Eusébio Matoso e do Jaguaré, que receberam mais adesões de voluntários. Na área de imagens e comentários, porém, a maior parte registra as pontes da Freguesia do Ó, das Bandeiras e da Vila Guilherme, além do Viaduto da Lapa. 

Alguns dados sobre os participantes:

  – 79% das pessoas que adotaram uma ponte passam várias vezes por semana por elas;

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  – 79% cruzam essas pontes de bicicleta, 27% de ônibus, 26% de carro e 21% a pé;

  – 23% não cruzam as pontes de bicicleta ou a pé por falta de uma estrutura mais segura;  

Pontes se tornam muros

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Quem caminha – ou pedala – pela cidade conhece a dificuldade de atravessar as alças de acesso, nas extremidades das pontes. "Essas estruturas foram construídas a partir dos anos 1960 com o objetivo de aumentar a velocidade de chegada (e saída) dos veículos nas pontes. Era a lógica das rodovias de alta velocidade trazidas para dentro das cidades", explica Carlos Henrique Lopes, diretor da Ciclocidade.

Assim, os veículos motorizados – carros, motos, ônibus e caminhões – circulam em alta velocidade e, como não existem faixas de pedestres, semáforos ou qualquer sinalização de advertência, as pessoas são obrigadas a aguardar uma brecha no trânsito e correr para chegar ao outro lado a salvo. A travessia se torna mais fácil nos horários de pico, quando os congestionamentos paralisam o trânsito nas pontes, mas o risco de atropelamentos continua existindo mesmo nessas condições.

Para aderir é simples: basta acessar o site da campanha navegar no mapa e escolher uma ponte ou viaduto, fazendo o seu registro. Ao se tornar colaborador, o voluntário poderá enviar informações sobre as dificuldades que enfrenta em relação a estrutura “adotada”. Valem fotos, vídeos, relatos ou dados sobre o uso e situação da ponte. As pessoas que aderirem à campanha também poderão utilizar as ferramentas de mobilização da campanha, como panfletos, stêncil para produzir sinalização alternativa, lambe-lambes com mensagens da campanha e, ainda, postagens para compartilhar nas redes sociais.