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Valorização de pedestres é destaque no projeto de Lina Bo Bardi para o Anhangabaú

A exposição “Anhangabaú: Jardim tropical” apresenta as ideias da arquiteta do Masp para revitalizar a área central de São Paulo.

Jardim suspenso, gente pisando na grama e floresta. Foi assim que a arquiteta Lina Bo Bardi imaginou o Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, quando participou de um concurso para revitalização da área.

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Realizado pela Prefeitura de São Paulo em 1981, o Concurso Nacional de Projetos para a Recuperação do Vale do Anhangabaú reuniu diversas ideias, uma delas vem à tona com a exposição “Anhangabaú: Jardim tropical”.

A arquiteta, que projetou o Masp, queria fazer um jardim e um longo  viaduto elevado para carros, que ficou conhecido como “tobogã”. O solo seria permeável e o pedestre seria prioridade. “Liberando aos pedestres, o vale volta a viver”, afirma o projeto.

Desenvolvida por Lina e uma equipe composta por oito pessoas, a proposta fala sobre “devolver aos homens” o Anhangabaú e chama os carros de “perigosos inimigos”. Além de valorizar os moradores, o projeto demonstra preocupação em preservar a história do centro. Destaca que os velhos e pequenos prédios seriam mantidos e recuperados, sem destruições.


Créditos da foto: Curador Renato Anelli.

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“Bancos de pedras debaixo das árvores e muitos vendedores: pipocas, sorvetes, churrasquinhos, livros velhos e jornais novos, cataventos, brinquedos caseiros. Será permitido pisar na grama (a grama será logo reposta quando estragada). Um exército de limpadores tirará cada segunda-feira (como nas maiores cidades do mundo) os restos de piqueniques e os papéis e plásticos jogados fora”, sugere o projeto.

O texto de Lina destaca que é, sim, um projeto caro, porém, “os sonhos são sempre a verdadeira realidade”. Entretanto, como se pode ver na região central da capital paulista, a proposta não foi escolhida, tendo o arquiteto Jorge Wilheim o projeto vencedor. Mas, pode ser conferida na mostra que integra a programação da X Bienal de Arquitetura.

A exposição reúne desenhos originais, croquis de Lina Bo Bardi e equipe e uma maquete confeccionada para a exposição, com curadoria do arquiteto Renato Anelli, diretor do Instituto Lina Bo e P. M Bardi. O evento, que teve início no dia 13 de outubro, segue até 24 de novembro, de quinta a domingo, das 11h às 16h, na Casa de Vidro: Rua General Almério de Moura, 200, Morumbi.

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Instituto Lina Bo e P.M. Bardi/Imagem autorizada

Redação CicloVivo