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Sobras de alimentos e temperos são transformados em tintas orgânicas

Tintas naturais que combatem o desperdício de alimentos foram apresentadas durante a Virada Sustentável 2013

Refeições coloridas quase sempre indicam uma dieta saudável, mas da cozinha também surgem muitas opções para substituir as tintas convencionais. Elaboradas em casa, com temperos e restos de alimentos, as tinturas orgânicas são comestíveis e podem ser usadas por bebês e crianças, além de servir como um destino adequado para os alimentos que seriam jogados no lixo.

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As tintas orgânicas nascem de ingredientes encontrados na cozinha, como restos de espinafre, beterraba, urucum, açafrão, cúrcuma e pó de café.  “A gente come beterraba e repara aquela cor, que é linda, pode se transformar numa tintura e não traz prejuízos à saúde, já que a tinta é natural e não tem cheiro”, explica Cynthia Alario, realizadora da oficina Ecografite, realizada durante a Virada Sustentável 2013.

Da elaboração até a pintura, as tintas feitas em casa a partir dos temperos e restos de alimentos são boas opções de diversão para as crianças. “O cheiro não faz mal para a criança, que ainda pode colocar a tintura na boca porque o material é orgânico”, afirma Cynthia.

Na hora de fazer as tintas orgânicas, não tem segredo: O ingrediente deve preencher o espaço de um copo, que deve ser misturado com um litro de água. Ao acrescentar talco, a tintura ganha mais consistência. A partir daí, a beterraba faz a tinta vermelha, o pó de café cria o marrom, o espinafre dá a tonalidade verde, o açafrão compõe o amarelo e o urucum dá origem a tons alaranjados.

As tintas orgânicas não são apenas brincadeira entre os pequenos: os materiais encontrados na natureza de forma bruta e várias sobras de alimentos deram origem a tinturas para tecidos e pinturas harmoniosas. “Muitos dos grandes pintores que produziram telas com tinta a óleo, também usaram comidas e temperos – como o urucum, o açafrão, o espinafre – para compor as suas obras”, lembrou Cynthia. “Na cultura indígena, a terra e o urucum são usados para fazer pinturas corporais”, completou a realizadora da atividade.

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A oficina de Ecografite foi promovida no Parque Villa Lobos, zona oeste de São Paulo. Durante a atividade os visitantes fizeram pinturas e desenhos em um painel de pano instalado no parque. A oficina foi realizada pela primeira vez no último sábado (8), e o painel com as intervenções será doado para a organização da Virada Sustentável.

Por Gabriel Felix – Redação CicloVivo

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