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Sistema Cantareira opera em 8,4% da capacidade e reserva dura até novembro

O nível do Sistema Cantareira, que abastece boa parte da região metropolitana e interior de São Paulo, voltou a cair.

O nível do Sistema Cantareira, que abastece boa parte da região metropolitana e interior de São Paulo, voltou a cair. O reservatório está operando com apenas 8,4% da capacidade de armazenamento, de acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

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Segundo a Agência Nacional de Água (ANA), a água do reservatório deve durar, pelo menos, até novembro, já contabilizando a utilização do volume e a reserva técnica, que não tem previsão de uso, de 50 bilhões de litros. As obras que possibilitam o uso dessa reserva, o chamado volume morto, terminam nesta quinta-feira (15).

Representantes da ANA e do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (Daee) estiveram, na última terça-feira (13), em Campinas em reuniões com prefeitos, companhias de abastecimento e usuários de recursos hídricos nas áreas de influência do Cantareira. O objetivo é reunir relatos dos diversos setores que sirvam de subsídio para avaliar a estiagem e sugerir medidas que diminuam o impacto.

Ainda nesta semana o Grupo Técnico de Assessoramento para gestão do Sistema Cantareira (Gtag – Cantareira), formado por representantes da agência reguladora e do departamento, vai se reunir para avaliar a vazão afluente (volume de água que entra no reservatório) e o que está sendo demandado pelos usuários. A avaliação técnica resulta em sugestões para os gestores que adotam medidas para mitigar a falta de recursos hídricos.

Para usar a água no volume morto, que são reservas abaixo do nível das comportas, está sendo necessário construir dois canais de 3,5 quilômetros e instalar 17 bombas, que envolvem um investimento de R$ 80 milhões. Segundo a Sabesp, o total de água abaixo do nível das comportas chega a 300 bilhões de litros, mas serão disponibilizados, neste momento, 200 bilhões. Esse volume é suficiente para abastecer os moradores por quatro meses.

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O Sistema Cantareira é o maior do estado e abastece cerca de nove milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo. A situação do reservatório é a pior desde que ele foi criado na década de 1970.

Por Camila Maciel – Agência Brasil

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