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São Paulo corta 14 árvores por dia com autorização da prefeitura

A arquiteta Luciana Schwandner Ferreira coletou alguns dados sobre a área verde de São Paulo para sua dissertação de mestrado. O que mais chamou atenção foi a estimativa de que 72.514 árvores foram cortadas, em 14 anos, com aval da prefeitura.

A arquiteta e urbanista Luciana Schwandner Ferreira coletou alguns dados sobre a área verde de São Paulo para sua dissertação de mestrado. O que mais chamou atenção foi a estimativa de que 72.514 árvores foram cortadas, nos últimos 14 anos, com autorização oficial.

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Isso significa que, ao longo desses anos, 14 árvores foram perdidas diariamente na capital paulista com aval da prefeitura. A vegetação foi retirada de lotes e áreas verdes dando lugar a prédios, shoppings, ruas, estações de metrô e outras construções.

O número de árvores cortadas quase corresponde a cinco Parques do Ibirapuera, onde estima-se que há 15 mil árvores. Os dados foram apresentados por Luciana na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP).

O interesse da mestranda se deu na época em que trabalhava na Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. Ela era responsável pelo setor das compensações ambientais exigidas para cada corte de árvore. O levantamento de seu trabalho baseou-se nos despachos publicados no Diário Oficial da Cidade entre 1997 e 2011.

Na teoria, a Prefeitura exige o replantio de um número maior de árvores do que as que foram retiradas para conceder a autorização, mas na prática a pesquisa mostrou que o mecanismo não funciona de forma eficiente. Além disso, há os desmatamentos ilegais. “Existem outros cortes que não exigem compensação ambiental e, claro, os cortes irregulares, que não estão computados”, disse a pesquisadora ao jornal O Estado de S. Paulo.

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De acordo com o estudo, as árvores mais comuns são remanescentes da Mata Atlântica, como jequitibá, pau-brasil e tipuana e o bairro mais afetado foi a Vila Andrade, na zona sul, com 13.454 árvores cortadas no período. Em seguida o da Cangaíba, na zona leste, com 8.727 mil árvores.

Os cortes com autorização ocorrem, principalmente, em áreas nobres ou obras do poder público, enquanto que na periferia a maior parte das retiradas não possuem aval da prefeitura de São Paulo.

Para ver o estudo completo clique aqui. Com informações do O Estado de S. Paulo.

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Redação CicloVivo