- Publicidade -

Prefeitura do Rio apresenta propostas sustentáveis para Museu do Amanhã

O Museu do Amanhã levará o público a refletir sobre o impacto de suas ações no planeta. Seu conteúdo, concebido com base em uma proposta curatorial inovadora, foi apresentado pela primeira vez na última quarta-feira (2) no Rio de Janeiro.

Primeiro museu científico a tratar das possibilidades de construção do futuro, o Museu do Amanhã levará o público a refletir sobre o impacto de suas ações no planeta. Seu conteúdo, concebido com base em uma proposta curatorial inovadora, foi apresentado pela primeira vez na última quarta-feira (2) no Rio de Janeiro.

- Publicidade -

“O Museu do Amanhã será o ícone da revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro. Vai ficar para a cidade como o Maracanã, os Arcos da Lapa, o Cristo Redentor”, disse o prefeito Eduardo Paes.

O Museu do Amanhã será um museu de ciências diferente. Os museus de ciência atuam normalmente em duas linhas: uns exploram os vestígios do passado (como os de história natural); outros se voltam para evidências e experiências do presente (como os de ciência e tecnologia). O Museu do Amanhã propõe uma terceira via, a de explorar possibilidades.

Por meio de ambientes audiovisuais, instalações interativas e jogos, o público será levado a examinar o passado, manipular as várias tendências da atualidade e imaginar futuros possíveis para os próximos 50 anos. Assim, o Museu conduzirá a uma reflexão sobre os sintomas da nova era geológica do Antropoceno, na qual o homem se tornou uma força capaz de alterar o clima, degradar biomas, interferir em ecossistemas.

“Nós estamos querendo inventar um novo tipo de museu, que será um lugar para perguntas e explorações de possibilidades, com um conteúdo para desafiar o pensamento; uma arte para envolver novos sentidos e uma cultura para provocar novas emoções. Todo museu tem coleções, o Museu do Amanhã vai colecionar possibilidades de futuro. A filosofia do Museu do Amanhã é que o amanhã é hoje e está sendo construído por todos nós”, explicou o secretário geral da Fundação Roberto Marinho, Hugo Barreto.

- Publicidade -

Para estruturar o conteúdo do Museu, Luiz Alberto Oliveira – que, na fase de concepção curatorial, trabalhou em parceria com o jornalista e professor de cultura brasileira Leonel Kaz – explorou três eixos narrativos. O primeiro é o da polaridade entre as Ciências Cósmicas (que lidam com sistemas demasiado grandiosos ou diminutos) e as Ciências Terrestres (todas as demais, incluindo a Biologia e as Humanidades). O segundo eixo aborda três dimensões da existência terrestre: a história das formações da Matéria; os desdobramentos da organização da Vida e a emergência do Pensamento. Estes domínios serão explorados segundo quatro grandes tendências que, em escala planetária, definirão nosso futuro comum: as mudanças climáticas, o aumento da população e da longevidade; a crescente integração econômica, social e comunicacional; e a multiplicação e diversificação dos artefatos, paralela ao decréscimo dos biomas. O terceiro eixo, enfim, enfatiza o comportamento humano e a Ética. Duas grandes diretrizes, a da sustentabilidade e a da convivência, deverão nortear o percurso.

- Publicidade -

O designer americano Ralph Appelbaum assina a concepção museográfica e Andres Clerici, a direção artística. “O amanhã é uma construção coletiva e pessoal, é reflexo de escolhas que fazemos cotidianamente. O Museu do Amanhã será um espaço para pensarmos sobre como viveremos no mundo e como viveremos uns com os outros”, afirmou o curador Luiz Alberto Oliveira.

“Pretendemos mostrar uma visão humanística do amanhã, pois este é um museu de ideias. As experiências propostas aos visitantes farão com que ele se sinta parte de um todo”, complementou o diretor artístico Andres Clerici.

Como uma das âncoras do Projeto Porto Maravilha, o Museu do Amanhã será erguido no Píer Mauá, em meio a uma grande área verde. Serão cerca de 30 mil m², com jardins, espelhos d’água, ciclovia e área de lazer. O prédio terá 15 mil m² e arquitetura sustentável. O projeto arquitetônico, concebido por Calatrava, prevê a utilização de recursos naturais do local – como, por exemplo, a água da Baía de Guanabara, que será utilizada na climatização do interior do Museu e reutilizada no espelho d’água. No telhado da construção, grandes estruturas de aço, que se movimentam como asas, servirão de base para placas de captação de energia solar. Com isso, o Museu do Amanhã vai buscar a certificação Leed (Liderança em Energia e Projeto Ambiental), concedida pelo Green Building Council.

“Um passeio ao redor do Museu será uma lição de sustentabilidade, de botânica, uma aula do que significa energia solar'”, explicou Calatrava. “O edifício será como um organismo e vai se relacionar diretamente com a paisagem do entorno”.