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Poluição mata quase seis vezes mais que trânsito em São Paulo

Em 2009, o ar poluído da cidade de São Paulo matou 8.169 pessoas, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. O número é 5,9 vezes maior do que a quantidade de pessoas mortas por acidentes de trânsito.

Em 2009, o ar poluído da cidade de São Paulo matou 8.169 pessoas, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. O órgão afirma que o ar de má qualidade afeta mais idosos e está relacionado à concentração de poluentes na atmosfera e falta de áreas verdes e arborização. O número é 5,9 vezes maior do que a quantidade de pessoas mortas por acidentes de trânsito (em 2009, 1.382 pessoas morreram em acidentes nas ruas).

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As pessoas afetadas pela poluição morreram de doenças respiratórias, como pneumonia, câncer de pulmão, enfisema e asma. Os dados, que foram tabulados pela ONG Movimento Nossa São Paulo, mostram que a mortalidade por doenças do aparelho respiratório são menos incidentes na periferia. Em Perus, no extremo da Zona Norte, foram registradas 72 mortes em 2009 (53 a cada 100 mil habitantes).

O patologista Paulo Saldiva, da USP, disse ao jornal MTV Na Rua que os fatores socioeconômicos não podem ser desconsiderados. “A pobreza aumenta em seis vezes o impacto da poluição na saúde. Pessoas de menor renda passam mais tempo expostas à poluição em grandes corredores de tráfego e vivem mais próximas de avenidas movimentadas, onde há mais poluentes.”

O ar mais poluído de São Paulo

Com 385 mortes, o bairro da Mooca, na Zona Leste da capital, foi o que registrou o maior número de fatalidades graças à má qualidade do ar, com aproximadamente 130 casos a cada 100 mil habitantes. Em seguida, com 380 mortes, vêm o bairro de Santana, com uma média de aproximadamente 125 casos a cada 100 mil moradores; e Lapa, na Zona Oeste, com 305 mortes.

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Dados da Companhia de Saneamento Ambiental do Estado (Cetesb), mostram que a Mooca tem o pior ar de São Paulo. No final do mês passado a área registrou o maior nível de poluição entre as 40 regiões do Estado monitoradas pela empresa, incluindo o perímetro industrial de Cubatão.

O nível de ozônio na Mooca chegou a 203, o máximo recomendado seria 101. Além de poucas árvores, o bairro fica ao lado da Radial Leste, uma das avenidas de maior trânsito da capital.

Com informações do MTV Na Rua e do Movimento Nossa São Paulo

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