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Pinguins resgatados no litoral de SP são devolvidos ao seu habitat natural

Grupo de 36 animais reabilitados foi liberado em operação que teve apoio do INPE e da Marinha.

Na última sexta (17), os técnicos do Instituto Argonauta realizaram a soltura de 36 Pinguins-de-Magalhães na região do litoral norte de São Paulo. Estes animais, que migraram da Patagônia e das Ilhas Malvinas durante o inverno, vieram parar na costa brasileira, onde foram resgatados e encaminhados para receberem tratamento de reabilitação. Recuperados, os pinguins voltaram às suas regiões de origem.

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A operação  foi realizada por técnicos do Instituto Argonauta com o apoio do Aquário de Ubatuba, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e da Marinha do Brasil. Nesta temporada, pela primeira vez no país, além dos anéis de identificação, um animal foi solto com um rastreador, sistema GPS e monitorado por satélite, que transmitirá, em tempo real, as condições de temperatura e localização do animal.

As medições, neste primeiro momento, serão feitas três vezes por semana, visando testar a metodologia, que em um futuro estudo poderá fornecer dados para os pesquisadores entenderem o que ocorre com os animais após a soltura.

Há alguns anos, o número de pinguins encontrados no litoral brasileiro aumentou consideravelmente e, embora haja um processo de seleção natural, não se sabe ainda o quanto a ação humana (poluição do mar, pesca predatória, entre outros) tem interferido na sobrevivência desses animais durante a migração anual.

No ano passado, 62 pinguins foram liberados, e apesar dos esforços, ainda não é claro para os pesquisadores o que acontece com eles após serem devolvidos ao mar.

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Segundo o oceanógrafo Hugo Gallo, coordenador da operação, os animais foram soltos nas melhores condições possíveis. “A escolha da data e do ponto de soltura destes animais foi planejada de acordo com as condições dos ventos e das correntes marítimas, que aumentam as chances de retorno às colônias de reprodução. O ponto de soltura foi a 150 km da costa”, informa Gallo. Os pinguins que forem considerados inaptos a serem soltos pelos veterinários, serão encaminhados a zoológicos e aquários pelos órgãos governamentais de gestão de fauna.


Créditos da imagem: Aquário de Ubatuba

Redação CicloVivo

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