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Pedreiro usa 11 mil garrafas PET para construir sua própria casa em MG

Esta técnica evitou que uma enorme quantidade de plástico fosse descartada e ajudou a substituir outros tipos de materiais tradicionais.

Construir usando garrafas PET é um jeito muito eficiente de resolver dois problemas de uma só vez: colaborar para a preservação ambiental, ao mesmo tempo em que reduz os custos da obra. Essa conclusão foi confirmada pelo pedreiro Ed Mauro Aparecido Morbidelli, que aproveitou a técnica para erguer a sua própria casa.

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Localizada em Extrema, cidade mineira próxima à divisa com São Paulo, a residência possui cem metros quadrados e tem as suas principais paredes fabricadas com uma base que mescla garrafas plásticas cheias de terra, terra e cimento. Em entrevista ao CicloVivo, Morbidelli explica que foram usadas 11 mil garrafas PET em todo o projeto.

Esta técnica evitou que uma enorme quantidade de plástico fosse descartada e ajudou a substituir outros tipos de materiais tradicionais à construção civil. Esta foi a principal motivação para Morbidelli. “O que me inspirou foi a possibilidade de estar reaproveitando um material que traz tanto mal ao nosso meio ambiente se descartado em lugares inapropriados e que assim eu pudesse fazer algo diferente e poder mostrar que é possível reaproveitar mais nossos lixos”, comentou. Mesmo sendo uma construção não convencional, o resultado e a eficiência da residência são iguais aos de uma casa comum e em alguns pontos são ainda melhores.

O pedreiro levou dois anos para ter a casa finalizada, com telhado e acabamento, também feito de forma sustentável em barro. Segundo ele, é preciso ter paciência. “Não se consegue levantar uma casa assim com o mesmo tempo de uma casa normal. Precisa ter paciência e persistência, mas o resto acaba sendo do mesmo jeito”, explicou.

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Segundo Morbidelli, uma das principais diferenças ao trabalhar com o plástico é a dificuldade maior no assentamento, mas as facilidades e benefícios também são importantes. Um dos objetivos do projeto era ter uma casa que armazenasse o calor interno durante o frio e mantivesse o ambiente fresco durante o calor e a proposta foi alcançada com sucesso. Além disso, a estrutura com garrafas facilita a instalação dos sistemas hidráulicos, por exemplo. Como não é necessário cortar paredes, basta encaixar a estrutura entre as garrafas e chumbar.

“Optei por um alicerce de pedra onde eu conseguiria fazer na mesma largura da garrafa e que esse alicerce não deixaria subir a umidade da terra para as paredes”, explicou o pedreiro sobre a estrutura. A técnica sustentável não foi usada somente nas paredes. Ao invés de usar os materiais tradicionais para o acabamento, o construtor usou barro e o arrimo foi feito com pneus reaproveitados. O resultado é uma casa altamente eficiente e com custos muito baixos.

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Por Thaís Teisen – Redação CicloVivo