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Parque eólico que recebeu R$ 875 milhões está abandonado na Bahia

O Parque Eólico de Casa Nova nunca chegou a ser finalizado. O empreendimento está abandonado há dois anos.

Após investimento de R$ 875 milhões, o Parque Eólico de Casa Nova está abandonado há dois anos. O projeto, instalado no norte da Bahia, nunca chegou a funcionar. Além da perda do dinheiro aplicado na construção, o abandono dos materiais que não chegaram a ser usados fez com que boa parte dos equipamentos fosse perdida.

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A denúncia foi feita pelo jornal Estado de Minas. De acordo com a publicação, o parque conta com 30 torres de cem metros de altura. Somado à fazenda eólica de Sobradinho, localizada nas proximidades, o complexo seria capaz de produzir 180 megawatts de energia, suficientes para abastecer uma cidade com 600 mil habitantes.

A produção de energia renovável no parque de Casa Nova sempre foi considerada uma opção importante para compensar a produção hidrelétrica do Rio São Francisco. A vazão do manancial tem diminuído a cada ano e outras soluções são necessárias para suprir essa demanda. Em declaração ao Estado de Minas, o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Marcus Vinícius Polignano, disse que as autoridades precisam investir em outras opções. Ele destaca as renováveis, como a eólica, solar e biomassa.

O enorme desperdício de dinheiro é evidente em cada pedaço do parque abandonado. Segundo o jornal mineiro, o investimento feito foi de R$ 240 milhões e o contrato inicial da obra era de R$ 635,4 milhões. A estrutura deveria ser finalizada e entregue à Companhia de Hidro Eletricidade de São Francisco (Chesf). Mas, após erros, atrasos no cumprimento das licenças das obras e falência da empresa responsável pela construção, tudo parou.

Apesar de estarem em pé, as turbinas não funcionam. As redes de transmissão, geradores e outras tecnologias necessárias para a produção elétrica nem chegaram a ser instalados. O local tem cinco canteiros de obras abandonados e cheios de materiais que estão se deteriorando com o passar do tempo.

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Enquanto isso, do outro lado do rio a Fazenda Eólica de Sobradinho segue a pleno vapor, aproveitando os bons ventos de um dos melhores pontos do mundo para produzir energia elétrica de maneira limpa e sustentável.

Redação CicloVivo

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