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Países devem trabalhar em conjunto para humanizar o trânsito, diz especialista

Comissário de Segurança da Federação Internacional de Automobilismo afirma que poderemos ter uma redução de 50%, até 2030, se tivermos o comprometimento de todos os países.

As mortes provocadas por acidentes de trânsito não têm provocado no mundo a reação necessária para a adoção de medidas que reduzam os números de vítimas, disse na última quinta-feira (13) o comissário de Segurança Rodoviária Global da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Saul Bilingsley, que participa de seminário sobre segurança viária, promovido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Brasília.

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“Sabemos porque as pessoas perdem as vidas no trânsito, no mundo inteiro: por falta de capacidade institucional dos países, estradas malcuidadas, falta de decisão política e de conhecimento por parte dos motoristas, além do baixo nível de campanhas educativas. Isso vem de uma razão apenas, que é a falta de vontade política para tratar o tema”, disse Bilingsley ao apresentar ações de uma fundação da FIA que atua com a problemática das mortes do trânsito.

A policiais e servidores da PRF, Bilingsley disse que a redução das vítimas dos acidentes de trânsito em todo o mundo passam pela troca de informações e políticas entre os países, que devem fazer campanhas semelhantes às adotadas para combater doenças como aids e malária. “Em relação aos acidentes, poderemos ter uma redução bastante grande, de 50%, até 2030, se tivermos o comprometimento de todos os países”, ressaltou.

O diretor executivo do Conselho Nacional de Segurança Rodoviária da Austrália, Soames Job, destacou que a segurança nas estradas pode e deve ser administrada. Ao citar experiências adotadas em seu país, Job enfatizou que, assim como na construção civil, em que os operários são obrigados a usar equipamentos de segurança, os motoristas têm que ser “obrigados” a seguir as leis de trânsito.

Job afirma que para o Brasil reduzir as vítimas de trânsito precisa investir no controle centralizado das operações de trânsito, elevação dos valores da multas, rigor da fiscalização e um sistema confiável de dados.

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“Os sistemas de dados são extremamente importantes, e as decisões têm que ser baseadas em evidências – um sistema de dados para saber sobre tudo o que está acontecendo. Temos que administrar todas as vias, não parte delas, e isso exige cooperação entre os responsáveis pelas estradas. Isso faz com que possamos reconhecer e tratar os pontos mais críticos e direcionar ações”, aconselhou.

De acordo com a diretora-geral da PRF, Maria Alice Nascimento, a intenção do seminário é trocar experiências com outros países para aperfeiçoar as ações de segurança no Brasil. “Trouxemos palestrantes, com apoio do Banco Mundial, da Espanha e da Austrália, e estamos vendo situações em que eles já trabalham em seus países, focadas na questão da segurança viária, que, com certeza, vai colaborar com a nossa realidade”, disse ela.

A matéria pode ser conferida na íntegra em Agência Brasil.

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