- Publicidade -

ONG ajuda alunos da rede pública a aumentarem suas notas

Instituto Ayrton Senna criou avaliação para identificar potencialidades dos alunos e propõe o desenvolvimento da inteligência emocional nas salas de aula.

Uma pesquisa elaborada pelos voluntários do Instituto Ayrton Senna vai identificar as potencialidades dos estudantes da rede pública, com o objetivo de melhorar o desempenho escolar dos alunos. O trabalho quer unir o ensino das disciplinas cognitivas – como português e matemática – a atividades que promovam concentração, persistência e trabalho em grupo, aumentando, assim, a autoestima e as notas dos jovens e crianças em idade escolar.

- Publicidade -

Com o mapeamento das características individuais dos alunos da rede pública, os voluntários propõem uma nova forma de metodologia de ensino, ajudando a criar políticas públicas para desenvolver as habilidades não cognitivas – que apostem na inteligência emocional – nas escolas. "Isso é importante na escola pública para diminuir a desigualdade social", declarou à Folha a coordenadora de avaliação e desenvolvimento do Instituto Ayrton Senna, Tatiana Filgueiras.

O programa realizado pela ONG vai distribuir questionários com perguntas simples, e identificar a reação das crianças e adolescentes frente aos desafios.  A forma com que os estudantes lidam com as decepções é fundamental para a análise – a dificuldade em resolver exercícios matemáticos, por exemplo, pode estar mais relacionada a instabilidades emocionais, como a ansiedade, do que ao ensino propriamente dito das exatas.

Além de melhorar as notas dos alunos, a pesquisa também quer deixar claro que a inteligência emocional precisa ser desenvolvida para que um melhor desempenho seja alcançado. "A criança é constituída de muitas habilidades que estão interconectadas com a esfera afetiva, comportamental e relacional", explicou à Folha o psicólogo Fábio Villela, do Departamento de Educação da Unesp de Presidente Prudente.

A ONG executa seus trabalhos em 1.300 cidades brasileiras, atendendo a dois milhões de estudantes da rede pública. No entanto, a avaliação das potencialidades será realizada com 55 mil estudantes das escolas estaduais e municipais do Rio de Janeiro e os resultados deverão ser divulgados até dezembro.

- Publicidade -

Redação CicloVivo