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Nanoparticulas presentes em cosméticos, roupas e brinquedos afetam DNA

Esses nanomateriais podem produzir radicais livres, que reagem com o oxigênio, podendo gerar alterações no DNA.

Um estudo feito pelo MIT, em parceria com a Escola de Saúde Pública de Harvard (HSPH), sugere que nanopartículas presentes em diversos itens de consumo podem danificar o DNA humano.

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Milhares de produtos– incluindo cosméticos, protetores solares e roupas – contêm nanopartículas adicionadas pelos fabricantes para melhorar a textura, matar micróbios, aumentar a vida útil, entre outras coisas. No entanto, estudos têm sugerido que essas nanopartículas podem ser tóxicas às células humanas.

Os pesquisadores, liderados por Bevin Engelward, professor de engenharia biológica no MIT, e por Philip Demokritou, diretor do centro de Nanotecnologia e Nanotoxicologia da HSPH, descobriram que o óxido de zinco presente nos bloqueadores solares, por exemplo, danifica gradativamente o DNA.

Pasta de dentes, brinquedos, roupas e outros produtos com propriedades antimicrobianas também produzem danos substanciais ao DNA, de acordo com os cientistas.

O resultado do estudo foi publicado na revista científica ACS Nano. Para as análises, a equipe se concentrou em algumas nanopartículas específicas, entre elas: prata, óxido de zinco, óxido de ferro, óxido de cério e dióxido de silício, materiais comuns em uso industrial. Esses nanomateriais podem produzir radicais livres, que reagem com o oxigênio, podendo gerar alterações no DNA. Uma vez dentro do corpo, elas podem se acumular nos tecidos, aumentando os danos à saúde.

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De acordo com os pesquisadores, essas partículas são muito pequenas, por isso, na maior parte das vezes não são monitoradas pelas organizações que regulam drogas e alimentos. Além disso, os estudos anteriores se preocupavam em analisar a sobrevivência da célula após exposição a essas nanoparticulas. No entanto, o que acontece é que os elementos tóxicos não matam a célula, mas podem gerar mutações cancerígenas.

Em 2010, Engelward desenvolveu uma maneira muito mais rápida de avaliar as células. No mesmo tempo em que antes eram estudadas 30 células, agora são avaliadas mil células. Esta novidade deve ajudar toxicologistas a desenvolver técnicas de triagem mais rápidas para avaliar o efeito das nanopartículas na saúde.

“O maior desafio que temos como pessoas preocupadas com a exposição biológica é decidir quando algo é perigoso ou não, com base no nível de nanopartículas presentes em cada dose”, explica Engelward. As crianças e os fetos são os que necessitam maior atenção. Eles estão em maior risco porque suas células se dividem com mais frequência, tornando-as mais vulneráveis aos danos do DNA. 

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Redação CicloVivo