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MP obriga homem a desocupar caverna em que mora há 26 anos

A decisão tem causado revolta em ambientalistas e moradores locais, que o consideram um guardião da natureza.

Foto: Reprodução/Karuna Gargantiel

Uma decisão do Ministério Público de Santa Catarina tem causado revolta em ambientalistas e moradores. De acordo com a determinação da justiça, o ex-jornalista Vilmar Godinho deve desocupar a caverna em que mora há 26 anos no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, em Palhoça, SC.

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Apesar de ser considerado pela comunidade local um guardião da natureza, a promotoria considera a situação um uso exploratório da área de preservação ambiental. Em declaração ao G1, o promotor José Eduardo Cardoso considerou estranha a escolha de Godinho pelo local, ele também ressaltou a ilegalidade na moradia: “Ele ocupa um local que não poderia, certamente não paga IPTU ou outros impostos que todos os cidadãos são obrigados a pagar”.

O abrigo em que o ex-jornalista mora tem pouco mais de 28 metros quadrados e fica dentro de uma gruta localizada no Parque. Além disso, ele também tem um pequeno forno à lenha e uma horta, onde planta parte dos alimentos usados para sua própria subsistência. O estilo de vida é totalmente simples, sem energia elétrica ou água encanada. Para complementar a sua alimentação, Godinho ainda conta com a colaboração de amigos pescadores. Mas, a justiça considera ilegal o fato dele se apropriar de recursos naturais, como lenha e água, mesmo que seja apenas para uso próprio.

Foto: Reprodução/Karuna  Gargantiel
Foto: Reprodução/Karuna Gargantiel

A decisão gerou revolta e protestos por parte de amigos do ermitão e que já alcançaram pessoas em todo o Brasil. A página “Deixem o Vilmar em Paz”, criada para divulgar a situação no Facebook, já conta com mais de 20 mil seguidores. Os defensores da causa também criaram uma petição no site Avaaz, que já levantou mais de 11 mil assinaturas, pedindo o fim do processo que obriga a saída de Godinho da reserva florestal.

Foto: Reprodução/Karuna  Gargantiel
Foto: Reprodução/Karuna Gargantiel

Os apoiadores ainda querem que o ermitão receba reconhecimento pelo trabalho de guardião da floresta, realizado há mais de 26 anos. Durante todo o tempo em que morou no local, Vilmar Godinho ajudou a cuidar da biodiversidade e também compartilhou os conhecimentos adquiridos com grupos escolares e turistas que visitam o parque.

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Foto: Reprodução/Karuna  Gargantiel
Foto: Reprodução/Karuna Gargantiel

Redação CicloVivo