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Movimento incentiva reciclagem em estabelecimentos comerciais do Rio

Em maio, nove mil quilos de material às cooperativas de separação de recicláveis.

O índice de reciclagem da cidade do Rio de Janeiro é de apenas 0,43%. E esse cálculo sequer considera os chamados grandes geradores de lixo, que são pessoas físicas ou jurídicas que produzem mais de 120 litros de resíduos por dia. Por meio de um sistema próprio de coleta seletiva, com encaminhamento dos resíduos às cooperativas de separação de material reciclável da cidade, foi fundado, em 2014, o Movimento Lixo Zero.

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Depois de um período de estruturação, no último mês de maio, o MLZ entrou em operação efetiva, e já conta com a adesão de vários estabelecimentos cariocas, como os restaurantes CT Brasserie, CT Boucherie, Olympe e Rede Lapamaki, dos quais foram contabilizados, neste período, cerca de nove mil quilos de resíduos recicláveis. A rede Cafeína, Gula Gula, Bibi Sucos, La Carioca, Le Pain, Jojo Bistro e o Hotel Arena também se associaram e estão em vias de começar o processo de coleta.

“Nossa missão é viabilizar a reciclagem para supermercados, restaurantes, shopping centers e hoteis, e todos os estabelecimentos que geram grandes volumes de resíduos diariamente. Pelo sistema convencional, quem decide reciclar seus resíduos paga muito caro, pois os custos com transporte para a coleta seletiva chegam a dobrar. Nosso sistema veio justamente para tornar a reciclagem vantajosa em termos financeiros (além de ambientais), pois só assim conseguimos estimular essa atividade no setor privado. Basicamente, oferecemos um transporte personalizado e mais em conta, funcionando como uma ponte entre o estabelecimento associado e as cooperativas de material reciclável˜, explica Alfredo Piragibe, presidente do Instituto Lixo Zero.

Ele frisa que um dos objetivos do MLZ é estimular a chamada economia do “lixo" (uma palavra que, aos poucos, está caindo em desuso). “Para nós não existe a palavra ‘lixo’ ou ‘resíduo’. Os recicláveis são matéria-prima valiosa que alimenta uma cadeia produtiva próspera e gera emprego e renda para quem mais precisa", reforçou.

Só no primeiro mês de coleta seletiva da rede de restaurante japonês Lapamaki, com unidades em Copacabana e Ipanema, foram removidos 3.600 kg de recicláveis. “E esse montante corresponde a apenas 10% dos resíduos totais gerados pelo restaurante. Em média, 47% dos resíduos totais de um único gerador podem ser encaminhados para reciclagem. No caso do Lapamaki, o objetivo é chegar a 30% nos próximos 60 dias”, estimou Piragibe. Os estabelecimentos que conseguirem atingir a meta dos 30% serão identificados com o selo Lixo Zero.

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Segundo o presidente, todo associado será informado a respeito do quanto de seus resíduos foram efetivamente reciclados e o quanto foi convertido em renda para as cooperativas e mitigação dos impactos ambientais. Neste cenário, no primeiro mês de coleta, o Lapamaki, além de economizar com transporte, gerou cerca de R$ 540,00 para a cooperativa que recebeu seu material. “Ainda iremos realizar uma gravimetria dos resíduos para avaliar a questão dos impactos”, explicou Piragibe.

A meta do MLX é chegar ao final de 2015 com a adesão de pelo menos 100 estabelecimentos. Para saber mais sobre a iniciativa aqui

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