Marca de cosméticos lança produtos veganos sem embalagens

Há mais de 20 anos, a Lush criou os produtos chamados “pelados”, ou seja, sem embalagem alguma. Hoje, estes itens representam quase 40% da gama de produtos da marca, entre shampoos e condicionadores sólidos, barras de massagem, bombas de sal de banho, sabonetes para o corpo e rosto, esfoliantes corporais e espumas de banho.

Para celebrar a chegada do fim de ano, a marca pensou numa maneira de propor uma reflexão sobre os hábitos de consumo e assim decidiu se livrar das embalagens em 80% dos produtos da linha sazonal, incluindo inovações como géis de banho e loções corporais na versão sólida.

Outra aposta da marca para reduzir desperdícios é a consulta personalizada. Por meio dela, cada cliente durante o atendimento compartilha suas necessidades individuais e conta como gostaria de sentir a pele e cabelo, por exemplo. Dessa forma, o produto que mais se adequa a essas necessidades, será indicado.

Essa é uma experiência diferente do que costumamos vivenciar, que são longos corredores e prateleiras infinitas, com produtos que utilizam suas embalagens plásticas para explicar, em poucas palavras, o que devemos saber sobre esse cosmético.

“É muito comum vermos banheiros abarrotados de produtos nunca usados e que só foram comprados porque a embalagem era tentadora. Além disso, um tempo atrás, um programa de TV pediu que apresentássemos o custo de um gel de banho comum. Ao fazer isso, constatamos que a fabricação do recipiente custava mais do que o dobro do gel em si”, conta Mark Constantine, co-fundador da Lush.

Para criar produtos sólidos, é necessário desenvolver fórmulas com pouquíssima ou até mesmo nenhuma água. Substituindo a água por outros ingredientes, é possível inibir o crescimento de bactérias, garantindo um produto seguro e ambientalmente correto.

Em um ano de vendas dos shampoos sólidos da Lush, a marca impediu a fabricação de quase 16 milhões de potes plásticos. Além disso, 1.5 mil quilos de embalagens não foram jogadas em aterros graças ao uso de manteigas corporais peladas (sem nenhum recipiente) entre maio de 2014 e junho de 2015.