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Máquina de gelo solar pode mudar a vida de famílias isoladas no Amazonas

A ideia é que além de ajudar a conservar os alimentos, a máquina também beneficie a comercialização do pescado e de polpas de frutas.

Como conservar alimentos nos locais onde o acesso à energia elétrica ainda é restrito? Uma prática comum, em especial no norte e nordeste do país, era salgar as carnes e colocá-las no sol. Mas, hoje já é possível aplicar tecnologias mais modernas e a máquina de gelo movida a energia solar é um exemplo disso.

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Desenvolvido pelo Instituto Mamirauá em parceria com o Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP), o projeto é voltado para conservação de alimentos em comunidades isoladas no Amazonas. Inclusive, foi finalista do Desafio de Impacto Social Google Brasil.

Apesar de não estar entre os quatro vencedores, a empresa de buscas online concedeu uma premiação de 500 mil reais ao projeto. A ideia é que além de ajudar a conservar os alimentos, a máquina também beneficie a comercialização do pescado e de polpas de frutas nas comunidades locais.

Desta forma, a população também poderá gerar mais renda e, quem sabe, mudar os números de migração de jovens na Reserva Mamirauá, que, segundo o Instituto Mamirauá, chegaram a 76% nos últimos anos.

A intenção é que os equipamentos, que não utilizam baterias, sejam instalados nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amaná, duas unidades de conservação do estado do Amazonas. Serão dez máquinas que ao final de dois anos vão produzir 120 mil quilos de gelo e aumentar em 12% a renda de mais de cem famílias.  

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Segundo o Instituto de Energia e Ambiente, a máquina é capaz de produzir até 30 kg de gelo por dia com irradiação diária de 5,5 kWh/m².

Além do cunho social, a proposta ainda é sustentável, uma vez que substitui as pequenas usinas termelétricas, que funcionam apenas quatro horas ao dia e representam a única fonte energética disponível para uma parcela da população ribeirinha no interior do estado do Amazonas.

A figura abaixo mostra mais detalhes do sistema de acondicionamento desenvolvido:

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Marcia Sousa – Redação CicloVivo