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Lixo e descaso na Praia de Sepetiba (RJ)

A Praia de Sepetiba está localizada na zona oeste do Rio de Janeiro e, durante anos, foi o refúgio de veraneio da família real portuguesa. Há menos de duas décadas, a praia, de águas tranqüilas, ainda era uma ótima opção de lazer.

A Praia de Sepetiba está localizada na zona oeste do Rio de Janeiro e, durante anos, foi o refúgio de veraneio da família real portuguesa. Há menos de duas décadas, a praia, de águas tranquilas, ainda era uma ótima opção de lazer. Hoje, o cenário é muito diferente. O que se vê ao chegar a Sepetiba é muito abandono e sujeira.

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A mudança drástica ocorrida em tão pouco tempo é fruto de um crescimento populacional desordenado. A região não possuía, e ainda não possui, estrutura adequada para suportar as necessidades de uma população que chega a 40 mil habitantes. O bairro não tem saneamento básico e, muito menos, tratamento de esgoto. Por isso, todos os detritos e água contaminada vão direto para o mar.

A praia, que aos fins de semana abrigava famílias, casais e amigos, agora abriga sujeira, lodo, objetos de todos os tipos e mau cheiro. Há anos os moradores do bairro esperam alguma atitude governamental que mude a triste situação. Agora, parece que após muitas reivindicações e protestos de todos os tipos, eles finalmente foram ouvidos.

Em 23 de junho deste ano, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e a Secretária Estadual do Meio Ambiente, Marilene Ramos, deram início ao projeto de recuperação da Praia de Sepetiba. Conforme divulgado pela secretária, diante da presença de centenas de moradores e ambientalistas, as obras serão iniciadas no final deste mês.

O projeto de recuperação conta com medidas direcionadas ao saneamento e tratamento de esgotos e restauração da orla da praia. O programa de saneamento elaborado para a região conta com um investimento de R$ 174 milhões, que serão obtidos através de recursos do Governo Federal e da Caixa Econômica Federal. As obras específicas na praia custarão cerca de R$ 46 milhões, a serem financiados pelo Fundo Estadual de Conservação Ambiental.

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Para que a praia volte a ser o lugar agradável que já foi um dia, será retirado o lodo, que toma conta da areia, serão remanejadas 500 mil mudas invasoras do mangue e 780 mil caranguejos, que devido ao lamaçal, se estabeleceram em parte da areia da praia. Após essa “garimpada”, será colocado areia nova e também uma manta geotêxtil, que permite o fluxo de água e gases.