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Israelense e palestino recebem prêmio americano por projeto de purificação de água

Dois pesquisadores, um Israelense e outro Palestino, deixaram as diferenças de lado para trabalhar em uma tecnologia capaz de aumentar a quantidade de água potável no Oriente Médio. O projeto lhes rendeu um prêmio no valor de US$ 650 mil.

A água limpa é um dos recursos mais importantes, em países escassos em água como Israel e Oriente Médio. Por isso, não é surpresa que dois cientistas, um israelense e um palestino, estejam trabalhando juntos para aumentar o suprimento de água potável na região.

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Premiados com o Mid East Regional Cooperation (Merc) USAID, com o projeto que aborda questões como água limpa e aumento da oferta de água potável para o Oriente Médio, Dr. Moshe Herzberg, da Universidade Ben-Gurion, do Negev (Israel) e o professor palestino Mohammed Saleem Ali-Shtayeh, do Centro de Pesquisa em Biodiversidade e Meio Ambiente, receberam US$ 650 mil pelo prêmio.

O projeto discute problemas de biocontaminação nas membranas de Osmose Reversa (OR) que acontece durante a recuperação de águas residuais secundárias. Herzenber explica que a biocontaminação acontece com qualquer superfície submersa em água por um tempo. Comunidades microbianas de bactérias e fungos crescem na interface, também conhecida como matriz ou biofilme.

Para entender melhor o que acontece com a osmose reversa e como fica a membrana que filtra a água, é preciso imaginar esta película filtrando materiais orgânicos e compostos de esgotos e águas residuais. De um lado fica a água perfeitamente tratada, e do outro lado, o ativo que está em contato com um material mal cheiroso. O “biofilme” é formado e desenvolvido ao longo do tempo, por causa da junção de alguns resíduos, e afeta o desempenho do equipamento, necessitando de limpeza e troca da membrana. Esse ciclo de limpeza reduz seu tempo de vida útil.

Herzberg afirma que a Osmose Reversa é a tecnologia mais facilmente aplicável para remoção de sais e pequenos compostos orgânicos da água tornando-a segura para irrigação e para beber.

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Os pesquisadores planejam caracterizar e eventualmente encontrar novas formas de erradicar os diferentes tipos de biofilmes formados na membrana da Osmose Reversa e afirmam que se eles forem capazes de descobrir a biodiversidade encontrada na membrana e como reduzir sua formação, poderão utilizá-la por muito mais tempo exigindo menos manutenção. Isso tornará o processo muito mais econômico, gastando menos energia e obterendo mais água potável.

Técnicas desse tipo podem ser usadas para aumentar o acesso à água potável no Oriente Médio, especialmente na Palestina e em Israel. Águas residuais purificadas são recursos imediatos para irrigação e, depois da filtração pela osmose reversa, essas águas podem ser usadas diretamente para beber. Este processo terá aplicação mais ampla.

Segundo Hezberg, as outras aplicações incluem qualquer processo de tratamento de água e efluentes que incluem unidades de filtração como ultra, micro e nano filtração.  E também poderá encontrar formas de conter a biocontamiação em outros sistemas, como trocadores de calor e sistemas de distribuição de água, que poderão ser melhorados.

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