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Iniciativa de supermercados inibirá venda de carne procedente de área desmatada

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) vai incentivar os estabelecimentos do setor a divulgar, no ponto de venda, a origem do produto bovino que ocupa suas prateleiras. Informará também, em seu portal na internet, as ações do governo e do M

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) vai incentivar os estabelecimentos do setor a divulgar, no ponto de venda, a origem do produto bovino que ocupa suas prateleiras. Informará também, em seu portal na internet, as ações do governo e do Ministério Público Federal (MPF) para combater o comércio de carne proveniente de áreas desmatadas na Amazônia, de fazendas onde tenha sido constatado trabalho degradante ou invasão de terras públicas.

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As medidas fazem parte de um termo de cooperação técnica, assinado na última segunda-feira (25), em Brasília, por representantes da Abras e do MPF. Segundo o procurador da República Daniel César Azeredo Avelino, coordenador do grupo de trabalho Amazônia Legal, trata-se de um passo importante para evitar que os supermercados brasileiros comprem carne bovina produzida em áreas com irregularidades ambientais e sociais.

“O consumidor vai ganhar muito, principalmente em transparência. O acordo prevê uma série de ações específicas para informar tanto pela internet como pela rede física dos estabelecimentos, a origem da carne adquirida”, disse.

“Por um lado, isso aumenta o controle [por parte do consumidor e dos órgãos públicos] e, por outro, fortalece o compromisso das lojas de banir das prateleiras itens de produtores que estejam descumprindo a legislação”, avaliou.

Avelino destacou que o termo de cooperação não define um prazo para a implementação das ações, mas ressaltou que as medidas devem começar a ser adotadas “em breve”, inicialmente pelos estabelecimentos de maior porte. “Vamos trabalhar para construir um modelo de ações factível, que possa ser replicado pelos negócios menores, mais adiante”, acrescentou.

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A associação dos supermercados se comprometeu a orientar as empresas do setor supermercadista sobre práticas que ajudem a coibir o trabalho degradante na cadeia da carne, buscando sua erradicação; ampliem a redução do desmatamento e a recuperação de áreas desmatadas; apoiem os direitos indígenas, das populações tradicionais e de quilombolas; e combatam o abate clandestino.

De acordo com o MPF, o acordo amplia os resultados do Programa Municípios Verdes, lançado há dois anos, que reúne um pacote de incentivos aos proprietários rurais e aos municípios que se comprometerem a atuar pela regularização fundiária e ambiental no campo. Atualmente, 92 municípios estão vinculados ao programa.

Por Thais Leitão – Agência Brasil

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