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Índios, agricultores e ambientalistas se unem para salvar rio Xingu

Após muitos anos de devastação, povos indígenas, ambientalistas e agricultores se juntaram para recuperar a vegetação nativa no entorno do Rio Xingu. Através da ONG Aliança da Terra a área está sendo estudada para que o trabalho seja efetivo.

Após muitos anos de devastação, povos indígenas, ambientalistas e até mesmo agricultores se juntaram para recuperar a vegetação nativa no entorno do Rio Xingu. Através da ONG Aliança da Terra a área está sendo estudada para que o trabalho seja efetivo.

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O Rio Xingu, que está sendo motivo de discussões nacionais por causa da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, possui 2,7 mil quilômetros de extensão e é formado por milhares de afluentes. Além de abrigar uma parte importante da biodiversidade brasileira, ele é a fonte de vida para aproximadamente cinco mil índios.

Graças às atividades realizadas pela agricultura e pecuária, a região foi duramente devastada por muitos anos. Boa parte das nascentes que estão dentro de fazendas são cercadas por pastagens e os agrotóxicos usados na lavoura contaminam as águas do rio. A situação gera revolta por parte dos indígenas que alegam que “ninguém está cuidando da nascente do rio”.

A derrubada das florestas, iniciada ainda durante a colonização, devastou uma área de 300 mil hectares. Hoje, a legislação mudou e proibiu a atividade. As pessoas que desmatam as áreas florestadas sem autorização prévia são multadas e podem receber outras penalidades, como interdição da área.

O estrago feito no passado mobilizou algum dos produtores atuais, que se uniram para tentar recuperar a área perdida. A conscientização resultou na ONG Aliança da Terra, que é mantida pelos próprios agricultores, com o intuito de enquadrar as fazendas na legislação ambiental atual.

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O agricultor Caio Penido Della Vechia, é o proprietário de uma das maiores fazendas do Brasil e assim como outros produtores da região, ele está empenhado em recompensar o estrago causado por sua propriedade ao longo dos anos. Segundo ele, os trabalhos mais práticos já estão sendo feitos, no entanto ele disse que ainda é preciso um auxílio para o reflorestamento das nascentes. O ideal é que sejam feitos estudos na área e seja possível desenvolver estratégias que agilizem o trabalho de recuperação das áreas devastadas.

Um dos principais problemas enfrentados pelos agricultores é a falta de mudas nativas para reflorestarem a imensa quantidade de hectares que já foi destruída. Por isso, eles dependem dos índios do Parque Indígena do Xingu, que estão coletando sementes através da campanha “Salve a água boa do Xingu”. Com informações do Globo Natureza.

Redação CicloVivo

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