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Greenpeace associa desmatamento amazônico à crise hídrica

A mensagem usada pela ONG ambientalista foi “A falta de água começa aqui”.

O Greenpeace foi até uma área recém-destruída no sul de Roraima para protestar contra o desmatamento. De acordo com a organização, o estado concentrou mais de quatro mil hectares de áreas desmatadas nos últimos seis meses. A mensagem usada pela ONG ambientalista foi “A falta de água começa aqui”, como um alerta sobre a importância das florestas para assegurar o equilíbrio natural e o ciclo da água.

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A ação faz parte de uma série de cobranças feitas pela organização às autoridades brasileiras. Um dos pedidos do Greenpeace é de que todos os projetos de desmatamento legal e planos de manejo aprovados pela Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos sejam auditados.

Apenas a área desmatada onde o protesto foi realizado é equivalente a 504 campos de futebol. No local, a floresta foi queimada e destruída, situação semelhante à identificada em outros pontos do estado.

Nos últimos 40 anos, a Amazônia perdeu 19% de sua floresta. Os impactos são sentidos muito além das fronteiras florestais e estão intimamente ligados à crise hídrica no restante do país. “Só a Amazônia transpira, diariamente, 20 bilhões de toneladas de vapor de água na atmosfera – volume superior à vazão do rio Amazonas. Toda essa umidade forma ‘rios voadores’ que são levados com o vento, para outras regiões do país, irrigando plantações e enchendo reservatórios de água. Ao desmatar a Amazônia, interferimos de forma extremamente negativa no ciclo da água”, diz o site do Greenpeace.

A coordenadora da campanha Amazônia, do Greenpeace, Cristiane Mazzetti, associou diretamente a perda da floresta à crise vivida na região sudeste do país. “Eventos extremos, como episódios de seca – muito parecidos com a crise enfrentada pelo Sudeste – se tornarão cada vez mais frequentes e mais intensos com as mudanças do clima. Manter a floresta em pé é o nosso passaporte para o futuro. Ao proteger as florestas, garantimos qualidade de vida. Com floresta, tem água, tem comida, tem clima ameno”, explicou Cristiane.

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Em 2012 o Greenpeace criou um projeto de lei que pede o Desmatamento Zero. Por ser de iniciativa popular, o documento precisa alcançar 1,43 milhão de assinaturas para que seja entregue e discutido pelo Congresso Nacional. Até o momento, a proposta conta com o apoio de 1,1 milhão de brasileiros. Para participar da campanha, assine a petição aqui

Redação CicloVivo

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