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Geleira italiana é coberta com manto para diminuir derretimento

Ao norte da Itália, a geleira Presena – vítima do aquecimento global, que acelerou o derretimento de sua neve – está sendo coberta por uma espécie de manta térmica para reduzir o ritmo de seu derretimento.

Ao norte da Itália, a geleira Presena – vítima do aquecimento global, que acelerou o derretimento de sua neve – está sendo coberta por uma espécie de manta térmica para reduzir o ritmo de seu derretimento.

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A manta especial é feita de vários fios de polipropileno (uma espécie de plástico), que unidos formam uma tela especial, que filtra os raios ultravioletas do sol. Ela é permeável à água, mas permite a troca de temperaturas externas e internas.

A tela tem uma espessura de quatro milímetros e é de cor branca – que se mimetiza com a paisagem glacial e reflete os raios de sol.

A tecnologia é importada da Áustria, onde este tipo de experiência foi testado e aprovado.

Há dois anos, a Itália realizou um teste com esta ação, e conseguiu evitar 60% do derretimento da neve, onde a parte desprotegida perdeu um metro e meio de espessura a mais do que a parte coberta.

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Satisfeitos com o resultado positivo, os italianos triplicaram o perímetro da manta, que passou de 30 mil m² para 90 mil m².

Giacinto Delpero, presidente da Carosello Tonale, empresa responsável pelo trabalho de cobertura, explica que este sistema só funciona se houver gelo embaixo da neve – o que é o caso da geleira Presena.

Ameaçadas

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"Uma coisa é certa: o derretimento das geleiras ocorre por causa do aumento da temperatura global", declarou o engenheiro ambiental e territorial Nicola Paoli, do Serviço de Proteção Civil da Província de Trento, onde fica o glaciar.

As geleiras de Trento, já perderam 25% de sua massa entre 1993 e 2003. Enquanto Presena se mostrou numa situação ainda pior, com uma perda de 39% de sua massa. O glaciar está ameaçado, mesmo possuindo de 30 a 40 metros de profundidade em alguns pontos.

Paoli explica que nos últimos quatro, cinco anos, a quantidade de neve derretida praticamente dobrou em relação ao ritmo anterior – passou de um metro por ano, para um e meio a dois metros.

Operação

O que dificulta a colocação da tela no glaciar são as condições climáticas adversas. A faixa de gelo começa a 2.750 metros de altitude e vai até 3 mil metros. Mesmo no verão, a temperatura chega em – 10oC.

Diversos operários desenrolam as faixas das telas – cada uma mede 70 metros de comprimento por 5 metros de largura – do alto para baixo, e colocam sacos de areia nas pontas para que o "lençol" fique preso ao terreno em caso de ventos fortes.

Ao mesmo tempo, cientistas estudam as características do manto e a espessura do gelo com o objetivo de entender melhor o processo de encolhimento da geleira e suas conseqüências.

Com informações do Estadão.com.br.

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