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Fungos podem reduzir em 10% produção de energia solar

As amostras da pesquisa foram coletadas após um ano e meio de exposição solar de 18 módulos fotovoltaicos.

Imagine investir em painéis solares para geração de energia renovável, em sua residência ou empresa, e perceber que o desempenho não está tão favorável como se previa. Pois isso, segundo pesquisadores da USP, pode acontecer com a presença de biofilmes superficiais, que são formados por fungos e outros micro-organismos.

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A descoberta é o resultado do estudo “Avaliação da influência de biofilmes (fungos e fototróficos) na eficiência energética de módulos fotovoltaicos”, realizado pela pesquisadora Márcia Aiko Shirakawa, do Departamento de Engenharia de Construção Civil (PCC), da Escola Politécnica (Poli) da USP.

De acordo com Márcia, há vários estudos na literatura científica que mostram os problemas causados nos módulos fotovoltaicos por outros tipos de poluição, como poeira e fuligem.

“O crescimento de fungos (bolores) pode ser visto em lentes de microscópios e câmeras fotográficas sendo, portanto, um fenômeno conhecido na superfície de vidros, mas ainda não haviam sidos estudados em painéis solares. Por isso, nossa pesquisa vem preencher uma lacuna do conhecimento científico em área multidisciplinar, envolvendo a microbiologia e a redução de produtividade em sistemas fotovoltaicos instalados em telhados urbanos.”

As amostras da pesquisa foram coletadas após um ano e meio de exposição solar de 18 módulos fotovoltaicos, composto por 36 células. De acordo com a autora do estudo, os resultados são ainda mais importantes porque até então não se conhecia a influência dos fungos na aquisição da energia solar, principalmente nas condições climáticas tropicais do Brasil.

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“A ‘sujeira’ depositada sobre os módulos na verdade é composta de um biofilme de bactérias e fungos”, explica. “A maioria dos fungos encontrados possui melanina na sua parede celular, o que lhes dá uma coloração escura. Por isso, o crescimento deles reduz a passagem da luz solar para as células fotovoltaicas e, portanto, diminuem a eficiência dos módulos”.

A pesquisadora salienta a importância da limpeza periódica dos módulos fotovoltaicos e afirma que os resultados do trabalho apontam para a necessidade de investigar e investir em pesquisas com vidros que tenham a capacidade de evitar a formação desses biofilmes, pois muitas vezes os módulos fotovoltaicos estão situados em locais de difícil acesso para a manutenção da limpeza. As informações são da Agência USP

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